Brasil é o 6º país com mais assinantes de banda larga fixa no mundo

De 2007 até o final de 2018, o número de assinaturas de banda larga fixa aumentou 276%, de 8,26 milhões para 31,05 milhões. Por outro lado, grandes operadoras vêm perdendo espaço no mercado
Redação25/03/2019 21h39, atualizada em 26/03/2019 00h30

20190325093735-1920x1080

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A Assessoria Técnica da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou nesta segunda-feira, 25, relatório sobre o mercado brasileiro de banda larga fixa referente aos dados do último trimestre de 2018.

O mercado brasileiro, segundo o estudo, apresentou evolução nos últimos anos, alcançando, em 2017, a sexta posição entre os 20 mais populosos do mundo do mundo, com 2,8% do total de número de assinaturas globais. O crescimento anual médio de usuários de banda larga fixa, 12,8%, é próximo à taxa mundial, 13%, em relação a análises dos valores entre 2005 e 2018. No entanto, o relatório identificou redução nesse ritmo de crescimento no Brasil, que se mantém em 1% ao trimestre já há alguns anos.

Por outro lado, os dados do relatório evidenciam um significativo crescimento das Prestadoras de Pequeno Porte (PPP), que detém participação no mercado nacional inferior a 5% (algo em torno de 1,5 milhão de assinaturas). Para chegar nesses dados, a equipe técnica da agência comparou o market share (participação da empresa no mercado) de 2007 a 2018.

Em 2018, 9.486 PPPs atuaram em 26,4% do mercado de acesso banda larga fixa brasileiro. Em 2007, elas tinham participação de 19,4%. A maior parte dos municípios, 78,2%, possui cinco ou mais prestadoras com o serviço de banda larga fixa.

Em relação às grandes operadoras, a pesquisa indicou diminuição constante da Oi e da Vivo na participação no mercado nacional de banda larga fixa e crescimento da Claro/Net. O market share da Oi despencou de 42,6%, em 2007, para 19,2% em 2018. A Vivo encolheu de 28,1% para 24,3%. Já a Claro, que passou a controlar a Net depois de comprá-la em 2010, cresceu de 10%, em 2007, para 30% em 2018.

No entanto, a diminuição de participação de grandes empresas não significa que o mercado também sofreu um declínio. Conforme a Anatel, de 2007 até o final de 2018, o número de assinaturas de planos de banda larga fixa do Brasil aumentou 276%, de 8,26 milhões para 31,05 milhões.

Conexão por fibra óptica

Foi constatado no estudo que a tecnologia de conexão por cabos metálicos está em gradual declínio, caindo de 71,9% de presença em 2007 para 41,9% em 2018.

Por outro lado, a fibra óptica cresceu significativamente no mesmo período, chegando a 18,5% em 2018, contra 0,53% em 2007. Hoje há fibra óptica em 3.589 municípios brasileiros, o que representa 64,4% dos municípios e 89,4% da população do país. A OI é a operadora que disponibiliza fibra óptica na maior quantidade de municípios, totalizando presença em 2.235 deles.

A qualidade da Internet no Brasil

Segundo o relatório da Anatel, os serviços de banda larga fixa no Brasil cumpriram as metas de qualidade e atingiram 76,5% em dezembro de 2018. A média total do último ano foi 73,2% com índice geral de satisfação de 6,43 numa escala com máximo de 10,00. O valor foi o menor dentre os serviços das principais operadoras.

A maior parte dos planos de Internet no país estão nas faixas de 2 a 12 MBps, 12 a 34 Mbps e acima dessas faixas. Os dados destacaram crescimento da faixa acima de 34 Mbps. A velocidade média contratada nacionalmente é 24,62 Mbps, com o preço médio de R$ 3,50 por 1 Mbps, em 2018. O valor significa uma queda progressiva desde 2010, em que custava em média R$ 21,20 para assinar um plano de Internet.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital