Megaupload 2.0 movimentará bitcoins a cada transferência de arquivos

Renato Santino05/08/2016 23h10

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O Megaupload 2.0 só chega em janeiro de 2017, mas o fundador Kim Dotcom já começou a espalhar a palavra. O serviço, que promete 100 GB de espaço grátis em nuvem para todos os usuários, entre outros benefícios, também terá algumas novidades misteriosas.

A novidade que Dotcom mais tem alardeado ainda é um pouco misteriosa, e ele não dá detalhes. Trata-se de algo chamado Bitcache, que só será detalhado no dia 20 de janeiro, mas que o empresário promete que levará o bitcoin para o mainstream e fará a moeda virtual disparar em valor (e, portanto, agora seria uma boa hora para comprar como investimento).

Segundo o fundador do site, toda transferência do Megaupload será ligada a uma pequena microtransação do bitcoin. Ninguém ainda sabe dizer o que isso quer dizer, no entanto, porque Dotcom propositalmente omite informações. Talvez os usuários paguem pelo uso? Talvez os usuários recebam bitcoins como incentivo para usar o serviço? Talvez ambos, cobrando um microvalor como US$ 0,00001 por enviar ou baixar um arquivo, mas pagando para os usuários que geram mais downloads? A certeza é que o recurso poderia movimentar grandes quantidades de dinheiro em forma de bitcoin.

O fato é que ele afirma que a novidade levará o bitcoin ao mainstream. Ele já havia afirmado que o Megaupload 2.0 será lançado com o banco de dados dos usuários do Megaupload 1.0, fechado em 2012, o que significa que o serviço já será lançado com 100 milhões de membros. Isso significa 100 milhões de carteiras de Bitcache.

Dotcom também afirma que o Bitcache resolve os problemas inerentes à bitcoin, mais especificamente às limitações do blockchain que já são bem conhecidas e que dificultam o uso da moeda em situações de grande volume de micropagamentos.

Por fim, Kim Dotcom também promete o máximo de privacidade possível, algo que ele tem levado a sério desde que o primeiro Megaupload foi fechado pelos Estados Unidos. “O Megaupload 2.0 levará a descentralização, anonimato e criptografia a um novo nível. Um pesadelo para a vigilância em massa e a censura”.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital