O uso da telemedicina já é uma realidade e essa semana a tecnologia se tornou notícia mas não por uma razão nobre. No hospital Kaiser Permanent Medical Center, na Califórnia, um paciente estava sendo atendido por um médico via robô de telepresença hospitalar e recebeu a notícia de que poderia morrer a qualquer momento. O médico anunciou para Ernest Quintana a sua própria morte de forma objetiva “É possível que ele não chegue em casa “, disse a família e a ao idoso.
A impessoalidade com que a notícia foi dada acabou causando desconforto para os parentes, ilustrando como essa forma de exercer a medicina pode ser controversa. Apesar de oferecer uma facilidade e tanto, principalmente por permitir que o atendimento médico chegue às áreas mais remotas, os profissionais adeptos desta plataforma ainda precisam modular melhor a maneira com que interagem com seus pacientes à distância, até pela delicadeza de inúmeras situações envolvendo o estado de saúde das pessoas.
A neta de Quintana, Annalisia Wilharm, que afirmou estar no quarto do paciente quando o robô chegou, ficou assustada com a falta de sensibilidade. “Eu sabia que ia perder meu avô em breve. Sabíamos que isso ia acontecer e que ele estava muito doente. Mas não acredito que alguém deva receber as notícias dessa maneira”, afirmou.
O centro de medicina Kaiser Permanent se posicionou em um comunicado oficial, afirmando que sua equipe recebe treinamento para atender as pessoas via telemedicina. Entretanto, ressaltou que esse recurso não substitui avaliações e conversas presenciais, e que no caso dessa situação se tratou de um episódio isolado e que irão rever as suas práticas.
Fonte: Gizmodo