Maior mico da história da Microsoft completa 20 anos

Renato Santino23/04/2018 19h34, atualizada em 23/04/2018 19h40

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O ano era 1998. O mês era abril. Ou seja: há 20 anos, Bill Gates, então CEO da Microsoft, subiu ao palco da COMDEX, uma feira de tecnologia realizada entre 1979 até 2003, para apresentar ao mundo o Windows 98 e dar sequência a uma série de sucessos de sua companhia, que vinha em alta com o  Windows 95. O que ele não esperava é que um trecho específico do evento entraria para a história e ficaria para sempre disponível na internet como um dos grandes micos da indústria de tecnologia.

Você provavelmente já viu o vídeo abaixo, mas vale a pena rever. Ele é autoexplicativo mesmo se você não entende inglês, mas daremos mais detalhes sobre ele na sequência.

Bill Gates estava no palco junto com Chris Capossela, que hoje ostenta o cargo de diretor de marketing na Microsoft. Ambos conversavam sobre um recurso inovador para a época: o plug-and-play. A ideia é simples: ao conectar algum periférico no seu computador, você não precisaria mais ficar instalando drivers para que ele funcionasse. O Windows se encarregava de reconhecer o acessório e carregar os drivers adequados por conta própria. Foi um baita diferencial na época.

O que ambos não esperavam era que a infame “tela azul da morte” daria as caras durante a apresentação quando Capossela conectou um scanner ao computador de demonstração. A plateia presente reconheceu o problema imediatamente, riu e aplaudiu. O executivo ficou visivelmente constrangido e, ao fim do barulho do público, tentou dar sequência à apresentação, mas foi interrompido por Gates. “Deve ser por isso que ainda não estamos vendendo o Windows 98”, afirmou o fundador da Microsoft.

Não demorou muito para que a empresa começasse a comercializar o Windows 98, no entanto. Menos de um mês depois ele havia chegado à versão RTM, disponibilizada para fabricantes de PCs, e, em 25 de junho, dois meses após a falha ao vivo, o sistema já estava disponível para ser comprado pelo público.

Para sorte da Microsoft, a falha ao vivo do Windows não chegou a causar grandes danos à imagem do sistema ou da empresa. Ao final de 1998, mais de 25 milhões de cópias do sistema operacional viriam a ser vendidas; até então, nenhuma outra versão do Windows havia vendido tantas unidades em tão pouco tempo.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital