Machine learning: o sucesso está nas perguntas e não nas respostas

É praticamente impossível falar em Big Data Analytics (BDA), inteligência artificial ou machine learning sem usar superlativos.
Redação18/12/2018 19h54, atualizada em 19/12/2018 10h00

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É praticamente impossível falar em Big Data Analytics (BDA), inteligência artificial ou machine learning sem usar superlativos. Essas tecnologias, que estão, dia após dia, ganhando espaço na vida das pessoas envolvem uma quantidade incalculável de informações, infinitas possibilidades e têm atraído cada vez mais investimentos em todas as partes do mundo.

A Frost & Sullivan, empresa global de pesquisa e inteligência de mercado internacionalmente reconhecida, divulgou seu relatório sobre o setor de Big Data e Analytics na América Latina. De acordo com o levantamento, a estimativa é que a área fature cerca de US$ 8,5 bilhões até 2023, com uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 19,2%. Esses números representam um crescimento regional bastante importante. Para efeito de comparação, em 2017, segundo a mesma instituição, essa indústria movimentou US$ 2,9 bilhões.

É fácil notar esse crescimento. O machine learning tem poder para ser protagonista nas estratégias das empresas. Ela pode estar relacionada à mais pura e simples mineração de dados estatísticos. Além disso, as técnicas são capazes de identificar algumas possíveis situações por meio de análises preditivas, o que talvez seja mais interessante às empresas. Isso porque, ao invés de olhar apenas para o passado, elas conseguem vislumbrar o que o futuro lhe reserva e, por consequência, planejar os próximos passos utilizando dados reais como base.

Sendo assim, a implantação desses tipos de ferramentas traz diversas vantagens competitivas aos seus usuários. As soluções de machine learning podem aumentar a conversão das equipes de vendas, melhorar a experiência do cliente, potencializar esforços de marketing, evitar o churn, identificar mercados potenciais latentes, entre outras milhares de possibilidades.

Em linhas gerias, elas permitem que a empresa conheça a fundo seu negócio, clientes, parceiros e novas perspectivas. Mesmo parecendo uma questão um tanto quanto óbvia, às vezes, oportunidades são perdidas porque não há a clareza necessária sobre o corebusiness, fazendo com que passem despercebidas as tendências e novas chances de negócios.

É interessante ver como o mercado, independentemente do setor, está se adequando. O impacto e efeitos da tecnologia tem sido percebido em importantes setores como da saúde, bancos, educação, entretenimento e telecom.

A perspectiva é que isso ganhe mais força nos próximos anos. Gigantes da tecnologia como a Microsoft, por exemplo, estão desenvolvendo serviços que empoderam ainda mais os profissionais. É o caso da Azure Machine Learning, plataforma que visa facilitar a construção de soluções de machine learning por desenvolvedores. Nota-se uma certa carência na área. Partindo dessa premissa, em setembro, a Neoway e a universidade americana de Columbia firmaram uma parceria. O intuito é desenvolver e fomentar o mercado por meio de troca de experiências eventos, cursos, hackathons e pesquisas mercadológicas.

Novamente citando o estudo da Frost & Sullivan, o Brasil é o principal mercado latino americano de BDA. O País representa 46,7% do total movimentado na região. A segunda colocação fica com o México (26,7%) seguido por Colômbia (7,9%), Chile (6,9%), Argentina (5,6%) e Peru (2,4%). O relatório aponta que o amadurecimento da cultura data driven, onde companhias tomam decisões baseadas em dados, o aumento da produtividade, a fidelidade do cliente e a internet das coisas (IoT) têm estimulado os negócios na região.

Porém, mais importante do que ter a tecnologia, é saber tirar o melhor dela. Por isso, grande parte do êxito está nos questionamentos que são feitos e não nas respostas que são obtidas.  Nada vale ter acesso a produtos e serviços de tamanha complexibilidade e diferentes funcionalidades se não houver um time qualificado e preparado para absorver tudo o que é oferecido e, depois, interpretar e usar os dados em prol dos objetivos da corporação.

É preciso dominar processos e procedimentos para mitigar os riscos de qualquer percalço durante o caminho. Entretanto, o mais importante é fazer as perguntas certas, no momento correto, da forma pertinente, pelos canais adequados. Isso é essencial para que a máquina aprenda.

O machine learning e suas vertentes são aliados poderosíssimos para qualquer empresa, independente da área, porte ou do local em que está situada. Uma série de fatores interferem, direta ou indiretamente, na eficácia dessas ferramentas. Tomar todos cuidados é mais do que necessário para que o machine learning, ou qualquer que seja a tecnologia, possa ajudar os gestores a traçar os melhores caminhos e alcançar os tão almejados resultados.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital