Já teve a sensação de que o assistente pessoal do seu celular é muito impessoal? Tanto faz se é a Cortana, a Siri ou o Google Now, todos eles não vão além de alguns comandos pré-programados. É aí que entra o M, o novo assistente do Facebook embutido no Messenger. Ele foi criado para não ser limitado pela inteligência artificial; na verdade, ele se baseia na inteligência humana, literalmente, para resolver problemas inesperados.
Isso porque ele usa pessoas reais do outro lado do chat que assumem o controle quando os algoritmos são incapazes de solucionar o problema do usuário. Como a ferramenta ainda está em fase inicial de testes públicos e ainda não tem acesso a outros aplicativos, como é o caso dos outros três assistentes mais populares, frequentemente outros humanos acabam assumindo as rédeas da situação.
O Facebook tem “algumas dúzias” (o número não é divulgado), segundo o The Verge, de prestadores de serviços que a empresa chama de “treinadores”. Eles são os responsáveis por fazer a coisa funcionar e erguer o nível do M a um patamar muito mais alto de capacidade do que outros serviços podem oferecer.
“Você tem muitas inteligências artificiais, como Siri, Google Now ou Cortana, com o escopo bastante limitado. Nós queríamos começar com algo mais ambicioso, para dar às pessoas o que ela realmente estão pedindo”, diz Alex Lebrun, fundador da Wit.ai, comprada pelo Facebook em janeiro e responsável pelo M.
Quer cancelar o serviço de TV a cabo, mas não quer se estressar ao telefone? Peça ao M. Algum dos membros da equipe de atendimento fará o trabalho sujo por você, enquanto outros serviços similares no máximo descobririam o número telefônico do serviço de atendimento ao consumidor.
No entanto, os testes até o momento estão restritos a “alguns milhares” de pessoas na Califórnia. Faz sentido que uma equipe pequena de atendentes consiga dar conta desse público. Mas e quando o M for liberado para os seus mais de 700 milhões de usuários? Como o Facebook planeja atender a todo este público?
Segundo a equipe por trás do M, o objetivo não é depender para sempre da inteligência humana. Os treinadores recebem este nome por um motivo. Seu objetivo é passar as informações necessárias para que o aplicativo consiga aprender com o tempo a realizar algumas tarefas por conta própria. O número de treinadores também deve aumentar com o tempo, no entanto.