Local ou virtual: como garantir o acesso e a integridade aos nossos arquivos?

Quem já não passou pelo susto de ter um arquivo ou disco perdido, e não tinha um backup (cópia de segurança) para recuperar os dados?
Redação15/01/2019 00h51, atualizada em 15/01/2019 11h30

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Trabalho com PCs desde a época em que ter um disco rígido Seagate ST-238R (1991 – isso é para os saudosos e jurássicos como eu) de 30 MB – isso mesmo 30 MB – instalado no PC era um sinal de status, pois, além de custar uma fortuna, a dúvida era o que poderíamos fazer com tanto espaço de armazenamento. Atualmente qualquer smartphone armazena pelo menos 1000 vezes esta capacidade de armazenamento e reclamamos que falta espaço para armazenar tudo que produzimos.

Viemos do disquete e passamos a passos largos pelo CD-Rom, DVD Regravável, Zip Drive Iomega, pen-drive, disco rígido externo e chegamos ao armazenamento em nuvem, tudo isso em 10 anos aproximadamente. Por todas estas etapas a nossa preocupação era garantir que nossos dados seriam armazenados de modo seguro, e que pudéssemos armazenar cada vez mais.

Quem já não passou pelo susto de ter um arquivo ou disco perdido, e não tinha um backup (cópia de segurança) para recuperar os dados? Com a disseminação do uso de computação em nuvem, o recurso que mais se popularizou, sem dúvida, foi o armazenamento de arquivos em grandes datacenters.

Vamos analisar estes recursos sob duas visões– uma para o uso pessoal e outra para o ambiente corporativo.

Diferenças

Para uso pessoal, destacamos os principais serviços provedores deste mercado – Dropbox, Google Drive, Apple ICloud, Microsoft Onedrive e Box. A maioria das pessoas começou  armazenar seus dados em nuvem de forma gratuita, com contas com baixa capacidade de armazenamento e foram aumentando de forma gradativa, na medida em que necessitavam de mais e mais espaço.

Você já parou para ler os termos de uso e compromisso destes serviços ? Quais são as suas garantias de acesso e proteção aos seus dados ?

O que poucas pessoas se dão conta é que a maioria destes serviços gratuitos são confiáveis, mas se isentam de qualquer responsabilidade sobre a perda de dados, pois como não há nenhum pagamento, não há suporte ou garantia pelo uso deste serviços.

Ao imaginarmos que a história de nossas vidas – documentos, fotos, trabalhos, senhas, etc – estão armazenados num serviço sem garantias ? Isso me dá medo e causa muita apreensão.

Desde meados de 2017 temos acompanhado uma evolução significativa na forma com que os serviços de armazenamento evoluíram, principalmente na questão de sincronismo de arquivos, permitindo o sincronismo seletivo, onde podemos visualizar todos nossos arquivos armazenados em nuvem, porém mantemos uma cópia local somente dos arquivos que mais utilizamos, reduzindo assim a necessidade de discos rígidos com grandes capacidades de armazenamento possibilitando o uso de discos rígidos mais rápidos e de menor capacidade, como SSDs.

A vantagem do armazenamento em nuvem para o uso pessoal é poder utilizar a mesma solução nos diversos dispositivos que utilizamos – Computador, notebook, tablet e smartphones – mantendo todos os dados sincronizados, principalmente fotos, filmes e músicas.

Ao escolhermos um das assinaturas pagas, além do aumento da capacidade de armazenamento, passamos a contar com suporte do fornecedor escolhido, recuperação de dados no caso de alguma perda ou acidente, manutenção de cópias (diferentes versões) do mesmo documento e acesso à outros recursos, como instalação do Microsoft Office 2016, no caso da assinatura do Microsoft Office 365 Home, por exemplo.

Estas assinaturas quando contratadas para uso compartilhado, com preço único, permitem acesso à maior capacidade de armazenamento e compartilhar o acesso aos nossos dados, com quem quisermos, entre os familiares, por exemplo. Isto requer um certo cuidado para não expormos nossos dados de forma indiscriminada e sem o devido controle.

Lembre-se: no caso do armazenamento e compartilhamento em nuvem, você é o responsável por dar ou restringir acessos, pois você é o dono de todas as informações.

Com as legislações específicas de proteção aos dados que foram aprovadas na Comunidade Europeia e no Brasil – vide artigo de 14/08/2018 – todo o acesso aos dados deve prover meios de controle e gerenciamento de acesso, mas cabe a cada um de nós zelar pelas permissões às nossas informações.

Estes serviços revolucionaram a forma com que armazenamos e compartilhamos nossos arquivos. Escolha o serviço que lhe for mais conveniente ou que ofereça os recursos necessários para o melhor uso das ferramentas que são agregadas as assinaturas.

Neste caso, não existe o melhor serviço, pois todos são bons produtos, com preços equivalentes. Busque identificar o que mais atende às suas necessidades e capacidade de armazenamento.

Com relação ao uso corporativo destes serviços, o assunto é bem mais complexo, e iremos discutir no nosso próximo artigo.

Que todos tenham tido ótimas festas, cheias de boas recordações e muitas fotos e vídeos. Todas, claro, armazenadas na nuvem.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital