A Apple busca coibir uma prática empregada por desenvolvedores de aplicativos iOS para dar visibilidade a seus produtos. Esse método é menos grave do que a distribuição de conteúdo pirata, que explora uma vulnerabilidade do programa corporativo da empresa, mas ainda é preocupante ver como é fácil violar as diretrizes da App Store.

O TechCrunch descobriu clones de aplicativos que não deveriam estar na loja de aplicativos — e eles acumulam milhões de downloads e avaliações (em geral positivas). Para conseguir isso, essas empresas liberam um app, com a mesma funcionalidade central, diversas vezes e com nomes diferentes.

O objetivo é segmentar termos de pesquisa, palavras-chave e até categorias ligeiramente diferentes. Assim, é possível obter vantagem sobre concorrentes que obedecem as muitas regras da empresa. Inicialmente, a investigação do TechCrunch se concentrou em aplicativos de VoIP — muitos violavam a diretriz 4.3, referente a spam. A Apple determina que o desenvolvedor pode “enviar um único aplicativo” e fornecer variações “pela compra no app”, mas não criar “vários IDs de pacote do mesmo aplicativo”.

Essa norma estipula, ainda, que “o envio de spam na loja pode levar à remoção do Programa para Desenvolvedores”. Isso aconteceu com alguns infratores recém-descobertos, como Phoner, Text Burner e Second Line, do Appverse, e Dingtone e Telos, da Dingtone Inc..

Curiosamente, o desenvolvedor de BinaryPattern parece ter perdido apenas três dos cinco aplicativos de VoIP acusados de quebrar as regras de spam: TextMe Up e Free Tone, da TextMe Inc., não estão mais disponíveis para download na App Store. Já o Text Me voltou à plataforma depois de um curto período desaparecido. Isso porque as diretrizes deixam espaço para interpretação ou não são devidamente aplicadas nessa seção. É necessária mais clareza tanto para os criadores de apps quanto para os usuários — mesmo que, tecnicamente, não seja um caso de propagação de malware.