A LG mostrou hoje, na feira Mobile World Congress, em Barcelona (Espanha), o G6, seu novo smartphone top de linha. O celular abandona o design modular de seu antecessor, o G5, mas ainda mantém características diferentes de seus concorrentes iPhone 7 e Galaxy S7 Edge.
A companhia reconheceu que teve de mudar sua visão de mercado. Antes, a ideia era trazer um design inovador, e por isso foi feita a aposta em modularidade. Agora, entendeu-se que o primordial era respeitar as necessidades dos consumidores. “No ano passado, aprendi uma valiosa lição, tanto como executivo quanto como consumidor”, afirmou o presidente da área de mobilidade da LG, Juno Cho. “Atender as necessidades do consumidor é o começo e a solução para inovações significativas.”
Essa visão norteou toda a apresentação da LG. Previamente ao início do evento, a companhia deixou rolar, em repetição, um vídeo em que pessoas pelas ruas diziam o que queriam num smartphone, e uma das questões mais citadas era contraditória: queremos telas grandes, mas queremos um aparelho fácil de se manejar. A LG usou esse ponto para destacar a característica mais marcante do G6, tendo mencionado pelo menos cinco vezes que ele é a representação de uma tela grande que realmente cabe na mão.
A tela tem 5,7 polegadas com proporções 18:9, o que a faz ser um pouco mais larga do que as tradicionais telas de 16:9 dos celulares do mercado. A distribuição, porém, torna o G6 um aparelho ideal para funções multitarefas, já que essa proporção divide a área de exibição em dois quadrados. É, inclusive, um modelo de distribuição que vem sendo adotado pela indústria de entretenimento, e a LG diz que serviços como Netflix e Amazon Prime Video estão se voltando a esse formato.
A resolução dessa tela é de 2.880 por 1.440 pixels (com 564 ppi), o que faz com que ela seja levemente superior ao Quad HD de aparelhos como o Galaxy S7 Edge, da Samsung.
Três câmeras
Outra diferença marcante está na configuração das câmeras do dispositivo. O G6 tem duas câmeras na sua parte traseira, seguindo a tendência lançada por seu antecessor (e que a Apple usou no iPhone 7 Plus). São dois sensores de 13 MP, um deles associado a uma lente normal, com abertura f/1.8 e 71º, e outro a uma lente grande angular, com f/2.4 e 125º.
A lente grande angular permite capturar mais dos arredores das fotos. Com isso, ela é um pouco mais voltada para fotos de paisagens ou multidões. A outra lente, por sua vez, é mais fechada e se assemelha a uma lente tradicional. Ela acaba sendo mais adequada para retratos e para fotografar detalhes.
Na parte da frente, o aparelho vem com uma câmera de 5 MP e uma lente de ângulo um pouco mais aberto que o normal — ela tem f/2.2 e 100º. Essa mudança na lente é para fazer com que ela capture mais do espaço em torno do usuário, e facilita na hora de tirar selfies em grupo. Por outro lado, pode acabar distorcendo o rosto do usuário, caso ele tire uma selfie de perto demais.
Desempenho
Fora isso, o aparelho possui um processador Snapdragon 821 e 4 GB de RAM, que devem garantir uma performance bastante adequada ao aparelho. A bateria do smartphone, com 3.300 mAh, também promete uma boa duração.
O G6 vem com Android 7.0 (Nougat) e opções de armazenamento com 32 GB ou 64 GB, mais a possibilidade de incluir um microSD de 2 TB. Há ainda resistência a água e poeira de nível IP68, sensor biométrico, NFC, portas USB-C e de 3,5 mm (para fones de ouvido).
Disponibilidade
O LG G6 deve ser lançado no Brasil em maio, ainda sem data definida, e estará disponível em três cores: preto, branco e prata. A fabricante avisou que o aparelho terá configurações diferentes de acordo com o mercado, o que pode ser uma má notícia para os brasileiros. Vale lembrar que o G5 chegou ao país numa versão “piorada” e por um preço desproporcional.
O que se sabe até agora é que só o modelo vendido nos Estados Unidos terá tecnologia de carregamento sem fio, e que a configuração de áudio Quad DAC de 32 bits será exclusividade dos mercados asiáticos. Aliás, apenas na Ásia será vendida a versão com 64 GB, assim como a opção com entrada para dois chips.
Colaborou: Leonardo Pereira