Durante a manhã desta quinta-feira (2/5), o ativista e jornalista Julian Assange recusou formalmente a proposta de “extradição voluntária” aos Estados Unidos, apresentada pela corte britânica de Southwark Crown. Na terra do Tio Sam, ele enfrentará o Departamento de Justiça (DOJ), que o acusa de “conspiração por cometer intrusão computadorizada”.
Assange compareceu perante o tribunal do Reino Unido por meio de uma videochamada e foi perguntado se, por livre e espontânea vontade, consentia ser enviado para os Estados Unidos. A resposta dele foi: “Não quero me render por extradição por fazer Jornalismo que ganhou muitos prêmios e protegeu muitas pessoas”, disse Assange, segundo o repórter do The Guardian, Ben Quinn, que presenciou a audiência. “Vou entender isso como um ‘não’ “, disse o juiz.
O fundador do WikiLeaks estava morando na embaixada do Equador há quase sete anos, depois que ele por violou os termos de fiança de seu processo no verão de 2012, por crimes relacionados à agressão sexual na Suécia. Assange pediu asilo porque temia a extradição para os EUA, onde alguns especialistas acreditavam que os promotores americanos poderiam acusá-lo sob a Lei de Espionagem, que pode resultar até mesmo em pena de morte.
O DOJ ainda acusou Assange de “conspiração para cometer invasão de computador” por tentar ajudar a denunciante Chelsea Manning a quebrar a senha em um computador com material confidencial em 2010. Essa acusação foi inicialmente secreta, até que finalmente se tornou pública na manhã de 11 de abril, resultando na revogação de asilo da embaixada equatoriana em Londres.
De acordo com Quinn, por enquanto os EUA ainda não submeteram o pedido formal de extradição ao tribunal britânico. A data da próxima audiência será no dia 30 de maio, mas ela será, em grande parte, de caráter processual. A próxima audiência “substancial” de Assange, segundo o The Guardian, ocorrerá em dia 12 de junho.
Via: Gizmodo