O Japão é um país de idosos. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), 26,3% da população japonesa é da terceira idade. Isso significa que há poucos jovens integrando a força de trabalho, e desses, pouco querem desempenhar funções com baixa remuneração (mas de extrema importância) como a de cuidador de idosos.

O país encontrou a solução com os robôs.

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Na casa de repouso Minami Tsukuba, perto de Tóquio, a cuidadora Asami Konishi utiliza um dispositivo robótico nos quadris dos pacientes para ajudá-los a levantar. O dispositivo, criado pela Cyberdyne Inc. é apenas um dos exemplos de tecnologia para esse segmento.

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Outras empresas japonesas também estão desenvolvendo robôs para ajudar pessoas idosas e debilitadas. A Panasonic fabrica uma cama robótica que se transforma em cadeira de rodas. O filhote de cachorro robô da Sony é visto como terapia para a solidão e demência.

A liderança do Japão em robótica avançada para a saúde é impulsionada por sua formação demográfica. A população do país está encolhendo e envelhecendo rapidamente, e até 2050 é provável que 40% dos japoneses tenham 65 anos ou mais. Mesmo agora, idosos estão cuidando de idosos.

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A cultura também desempenha um papel importante na adoção de robôs no país. Muitas crianças cresceram com Astro Boy, um menino-robô criado em 1950, com visão raio X e a habilidade de voar, que ganhou rapidamente mangás e a televisão.

“Robótica faz parte de suas vidas. Há apreço por esse tipo de tecnologia e novidade”, disse Collin Sebastian, diretor de engenharia da SoftBank Robotics America.

O receio de que robôs substituam mão de obra humana é uma constante em todo o mundo. Para Robert Atkinson, presidente da Fundação de Tecnologia da Informação e Inovação, essa medida pode não ser ruim quando não há trabalhadores suficientes para realizar certas tarefas, como recolher morangos, estocas prateleiras ou cuidar de idosos.

O pagamento e a rotatividade também são problemas na indústria de cuidados a idosos do Japão.

A casa Minami Tsukuba quer aumentar a qualidade do atendimento diminuindo o número de residentes por cada cuidador, de três para 2,5. Mas até trabalhadores experientes, com anos de experiência, faturam cerca de US$20 mil por ano por quatro dias de trabalho por semana.

Além disso, o trabalho é fisicamente desgastante, principalmente à medida que os funcionários envelhecem. Assim, dispositivos como o da Cyberdyne poderiam manter os trabalhadores por mais tempo. Outra esperança é que com a inserção da tecnologia, o segmento se torne mais atraente para jovens.

Fonte: Los Angeles Times