O Itaú anunciou hoje (13) sua plataforma de pagamentos digitais, o “iti”. Baseado na economia compartilhada, o aplicativo não é vinculado a uma conta no banco e isso deve permitir que mais pessoas façam parte do serviço. Ele pode ser usado para transações de dinheiro por meio de QR code, transferências e boletos bancários e, por enquanto, tem como foco o varejo.

Segundo Livia Chanes, diretora do banco, “essa será uma plataforma 100% digital e com arquitetura aberta. Isso tira a necessidade de tangíveis e desvincula o atendimento em agências”. O iti começa como um aplicativo de transferência, mas a empresa afirma que está nos planos desenvolvê-lo e que, com o tempo, ele pode incorporar outras tarefas, como crédito e investimentos.

O iti pode ser usado via QR code, que pode ser impresso pelo proprietário da loja de varejo e deixado no balcão, bem como aparecer no celular do usuário quando ele se conecta e nas maquininhas. O limite por transação é de R$ 1 mil por dia, por enquanto.

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Processamento em nuvem

Esse é o primeiro serviço do banco que usa a nuvem, o que garante maior velocidade de processamento e custos inferiores. “Por trabalhar em um ambiente totalmente digital, as taxas das transações são mais baixas”, afirma Márcio Schettini, diretor de varejo do Itaú.

O custo é de apenas 1% sobre o que for vendido e cai instantaneamente na conta do lojista. “Atualmente as tarifas em maquininhas atingem 1,99% no débito e 3,49% no crédito. Além disso, ambas demoram, em média, dois dias para serem recebidas pelo vendedor”, completa Schettini.

Lívia explica que a relação entre o brasileiro e o dinheiro “precisava mudar. Por isso, a empresa pensou em desenvolver algo desse tipo”. Esse projeto vem sendo elaborado há quase 1 ano e envolve 300 funcionários da instituição financeira.

O iti estará disponível a partir do terceiro trimestre de 2019 — por enquanto, ainda passa por testes. Seu cadastro irá funcionar a partir de dados simples, como nome, CPF e uma selfie que serve como autenticação biométrica do usuário.