Irmão de Pablo Escobar anuncia iPhone 11 Pro mais barato

Com preço mais atraente em comparação às lojas da Apple, Roberto Escobar afirma que o modelo é recondicionado, folheado a ouro e entregue em uma caixa de madeira de luxo
Rafael Rigues27/05/2020 19h25

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O irmão de Pablo Escobar, traficante cuja história inspirou a série Narcos, da Netflix, está novamente tentando conquistar um espaço no mercado de smartphones. Depois de vender smartphones dobráveis, mais precisamente versões “de luxo” de Royole Flex Pai e Galaxy Fold “folheadas a ouro” e decoradas com sua marca a preços abaixo dos concorrentes do mercado, a próxima iniciativa do empresário é comercializar o iPhone 11 Pro com um custo mais atraente em comparação às lojas da Apple.

Você não leu errado. Um iPhone 11 Pro de 256 GB custa, na loja da Apple, US$ 999. Roberto Escobar afirma estar vendendo seu Escobar Gold 11 Pro, folheado a ouro e em uma “caixa de madeira de luxo”, por US$ 499. Segundo Escobar, são aparelhos previamente “defeituosos” que foram remanufaturados, e vem acompanhados de acessórios (cabo, carregador e fones de ouvido) originais.

ReproduçãoCaixa do Escobar Gold 11 Pro

O produto é uma “edição limitada” de duas mil unidades, e segundo um contador no site da “Escobar, Inc.”, 356 unidades já foram vendidas. “Essa é minha forma de lutar contra a Apple. Vendo os aparelhos deles por um preço menor e os meus são folheados a ouro e mostrados por garotas bonitas. A Apple nunca poderá fazer isso”, diz Roberto. O canal de sua empresa no YouTube está repleto de vídeos de modelos de lingerie fazendo caras e bocas enquanto mostram os aparelhos para a câmera.

Não é preciso ser um especialista em mercado para perceber que a conta não fecha na oferta de Escobar. Um iPhone 11 Pro Max de 256 GB com a tela quebrada vale cerca de US$ 750 no eBay, portanto ele teria de estar adquirindo os aparelhos a um preço muito, muito abaixo do valor de mercado, mesmo quebrados, para ter algum lucro.

Uma possível explicação é que se trata de um golpe com uma estratégia simples: chamar a atenção para o aparelho pelo preço, receber pelos pedidos, entregar apenas alguns para dar um ar de “legitimidade” à operação e embolsar o dinheiro dos outros sem entregar aparelhos.

É algo que, segundo a Abacus News, aconteceu com os consumidores do primeiro dobrável da empresa e, presumivelmente, também no segundo modelo. Alguns consumidores tentaram reaver seu dinheiro e receberam de volta um e-mail dizendo: “venha para a Colômbia se quiser”. Considerando que Roberto Escobar se apresenta no site de sua empresa como “assassino-chefe do Cartel de Medellin”, você iria?

Fonte: Engadget

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital