iPhone X tem dificuldade para reconhecer rostos de quem acabou de acordar

Renato Santino12/07/2018 21h03, atualizada em 12/07/2018 21h35

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Você já acordou, ainda morrendo de sono, se olhou no espelho e teve a impressão de que seu rosto estava diferente? Não é apenas uma ilusão. Esse tipo de situação é bastante comum e tem um efeito colateral curioso: o sistema de reconhecimento facial do iPhone X simplesmente se torna incapaz de identificar a face do usuário ao acordar por causa disso.

O sistema foi criado para reconhecer o rosto do usuário em várias situações, sendo flexível em bastantes aspectos. Por exemplo: o sensor pode identificar de óculos escuros mesmo se a pessoa tenha cadastrado seu rosto sem os óculos. O mesmo vale para barba, maquiagem, e outros elementos.

No entanto, como notou o site Slate, a situação da “cara de quem acabou de acordar” é um problema que não é incomum entre os usuários do iPhone X, possivelmente devido ao inchaço matinal do rosto, que pode variar bastante de pessoa para pessoa, afetando a capacidade do algoritmo da Apple em alguns casos. Existem diversos relatos em redes sociais de pessoas que precisam digitar manualmente a senha do iPhone toda vez que acordam, porque o FaceID não funciona.

A publicação menciona que o inchaço do rosto pela manhã é um efeito natural, que pode ser causado por alergias, por fluidos corporais acumulados após algum tempo na posição oriental, ou até mesmo pela retenção de líquidos causadas pela desidratação.

Pelo fato de que o algoritmo do FaceID é mantido em sigilo absoluto, não é possível cravar exatamente o que faz com que ele não seja capaz de reconhecer alguns casos de rostos inchados. Marc Rogers, diretor de segurança da ScaleFT, explicou ao Slate que conseguiu entender alguns dos critérios do algoritmo por meio de engenharia reversa, o que permitiu compreender que o sistema atribui valores diferentes para cada parte do rosto. Por exemplo: é possível desbloquear o iPhone com o FaceID com a boca coberta, mas o sistema não irá destravar o aparelho se o nariz estiver escondido. Desta forma, é provável que a “cara de quem acabou de acordar” mexa com algum parâmetro importante do algoritmo.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital