Para o décimo aniversário do iPhone, a Apple prepara algo diferente. Segundo Mark Gurman, jornalista da Bloomberg que ganhou notoriedade por revelar informações da Apple antes do lançamento enquanto trabalhava no 9to5Mac, o novo celular apresentará um design livre de bordas, com vidro e aço ou alumínio revestindo todo o seu exterior. O aparelho também deve abandonar o botão Home, contando ainda com um painel OLED.
Se você está acompanhando os últimos lançamentos do mercado de celulares, pode ter percebido algumas similaridades do novo iPhone com algum outro aparelho. Mais especificamente, todas as características citadas também existem no Galaxy S8, da arquirrival Samsung.
A questão é mais complicada do que simplesmente acusar a Apple de plágio, no entanto. A Samsung é parte da cadeia de produção do iPhone há anos, então a empresa coreana tem acesso aos planos da Apple antes do lançamento. Isso daria à fabricante a oportunidade de replicar as características antes de a concorrente chegar ao mercado. Não há como confirmar a ordem dos eventos, no entanto.
Segundo Gurman, o novo iPhone deve ter alguns recursos que podem ajudar a diferenciar os dois aparelhos. Isso inclui múltiplas câmeras na frente e atrás do celular para fins de realidade aumentada, o que pode ser similar ao que já vimos em celulares compatíveis com a tecnologia Tango, do Google.
Neste ano, a Apple deve lançar três iPhones. Os dois primeiros serão apenas atualizações dos iPhones 7 e 7 Plus, enquanto o terceiro terá as características diferentes citadas anteriormente. Seu tamanho físico deve se aproximar do iPhone 7, mas o display deve estar próximo do 7 Plus, em diagonal de tela. Isso deixaria pouquíssimo espaço para bordas e, portanto, para o botão Home e o Touch ID.
Para solucionar esse problema, o botão Home deve ir embora, mas o Touch ID não mudaria de lugar. Como? O sensor de impressão digital deve estar embutido na própria tela, o que até hoje não foi feito por nenhuma empresa por ser dificílimo. Especula-se que a Samsung tinha planos similares para o Galaxy S8, mas acabou não conseguindo e, de última hora, moveu o sensor para a parte traseira do smartphone.
A questão é que até o momento ninguém conseguiu aplicar o conceito, que usa tecnologia ultrassônica, em um produto por questões de confiabilidade. A Qualcomm apresentou tal recurso ainda no ano passado, mas nenhuma empresa apostou nele até então. Resta esperar se a Apple realmente será a primeira a superar a barreira técnica e se isso trará qualquer ganho funcional ou se seria mais prático e eficiente simplesmente mover o sensor para a traseira do celular (talvez o próprio logo da Apple poderia ler as digitais, que tal?).