Inteligência artificial mais inteligente e menos artificial

É de se esperar que em algum momento uma IA fique "mais" inteligente, talvez até mais inteligente do que nós.
Redação02/08/2017 19h35

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“A natureza nunca atrai a inteligência
até o hábito e o instinto serem inúteis.
Não há inteligência onde
não há necessidade de mudança.”
H.G. Wells, A Máquina do Tempo (Escritor inglês, 1866 – 1946)

Faz alguns dias, pesquisadores do Facebook desligaram um programa de inteligência artificial (IA) depois que ele criou sua própria linguagem. Em março deste ano, o laboratório OpenAI de Elon Musk, treinou bots baseados em IA para criarem seu próprio idioma, com base em tentativa e erro. Na medida que os bots se moviam em torno de um ambiente definido, eles ganhavam recompensas pelo que faziam de correto e isto reforçava ainda mais o comportamento adequado para atingir o objetivo. Programas baseados em IA estão criando uma linguagem própria, na maioria das vezes incompreensível para nós, seres humanos. E o que significa isso? De um modo não acadêmico e um tanto ousado, isto significa: evolução.

Inteligência artificial mais inteligente

A linguagem, em nosso processo evolutivo, permitiu nossa sobrevivência num mundo hostil, a criação de nossa organização social, a passagem de conhecimento entre gerações e o desenvolvimento das culturas modernas. É a linguagem que nos dá a capacidade de agir em conjunto e cooperar. Dependemos da linguagem para comunicar novas ideias, projetos e criar o futuro. A partir do momento em que IAs começam a criar sua própria linguagem, interagindo entre si e com o mundo, estarão ao mesmo tempo criando novos esquemas mentais (novas conexões em redes neurais artificiais) e assim ampliando seu conhecimento sobre a realidade. É de se esperar que em algum momento uma IA fique “mais” inteligente, talvez até mais inteligente do que nós.

Inteligência artificial menos artificial

Fomos capazes de ensinar IAs a conversarem conosco em linguagem natural, Siri e Amazon Echo são bons exemplos. O próximo passo será compreenderem entoação, modulações sutis em nosso tom de voz, interpretando nas palavras ditas, nossas emoções. Mas se IAs já estão começando a criar sua própria linguagem, quem irá nos ensinar a conversar com elas?

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Colaboração para o Olhar Digital

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