Um dia, a inteligência artificial pode superar a inteligência humana, mas, se for projetada corretamente, ela também pode ser usada para melhorar a cognição dos seres humanos.

Pelo menos é essa a visão de Tom Gruber, um dos desenvolvedores da assistente virtual Siri. Durante uma conferência do TED 2017, Gruber afirmou que a inteligência artificial pode ser usada para aumentar a memória humana.

“E se você pudesse ter uma memória que fosse tão boa quanto a memória do computador e fosse sobre sua vida?”, perguntou o desenvolvedor ao público. “E se você pudesse se lembrar de cada pessoa que você já conheceu? Como pronunciar seu nome? Os detalhes das suas famílias? Seus esportes favoritos? A última conversa que você teve com eles?”

Segundo Gruber, a possibilidade da inteligência artificial ser usada para catalogar nossas experiências e melhorar nossa memória não é apenas uma ideia, mas é algo inevitável. Um dos principais motivos é porque os dados sobre as mídias que consumimos e as pessoas com quem conversamos estão disponíveis na internet e os nossos smartphones são capazes de mediar nossas vidas.

Embora a ideia de armazenar digitalmente nossas memórias levante uma série de possibilidades inquietantes, principalmente em relação à privacidade, Gruber ressalta que o aprimoramento de memória através da AI poderia mudar a vida daqueles que sofrem de Alzheimer ou outras demências.

Na verdade, Gruber não é o único no Vale do Silício que está pensando em maneiras de entrar na sua cabeça. Na semana passada, durante a conferência anual de desenvolvedores do Facebook, Mark Zuckerberg compartilhou o objetivo de desenvolver sensores não-invasivos capazes de ler as atividades cerebrais do usuário e traduz os pensamentos para o computador.

Já Elon Musk, CEO da Tesla e SpaceX, iniciou uma nova empresa chamada Neuralink, que tem como projeto construir uma tecnologia de interface sem fio computador-cérebro.

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