Inteligência artificial é tão revolucionária quanto o fogo, diz CEO do Google

Redação22/01/2018 11h30, atualizada em 22/01/2018 12h00

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O CEO do Google, Sundar Pichai, participou recentemente de uma entrevista ao vivo com a rede de notícias estadunidense MSNBC. Durante a entrevista, ele considerou que a inteligência artificial é uma tecnologia com tanto poder de mudança para a humanidade quanto outras descobertas históricas, como o fogo ou a energia elétrica.

“Inteligência artificial é uma das coisas mais importantes nas quais a humanidade está trabalhando. É mais profundo do que eletricidade ou fogo”, considerou. De acordo com ele, essa tecnologia terá um papel importante na resolução de grandes problemas da nossa atualizade; ela pode, por exemplo, ser crucial para ajudar no combate ao câncer. Essa parte da entrevista pode ser vista abaixo:

E o medo?

Como o The Verge aponta, essa fala de Pichai veio após ele ser repetidamente questionado sobre os riscos que a inteligência artificial representa para a sociedade. Mais especificamente, sobre a possibilidade de que ela venha a gerar desemprego em massa. O CEO do Google reconheceu que esse risco existe, mas considerou que ele não deve servir de impedimento para o avanço da tecnologia.

“Veja, por exemplo, o trabalho de um radiologista. Você pode não precisar de advogados, que [é um emprego que] algumas pessoas celebram. Você pode não precisar de contadores”, considerou. O mais provável é que Pichai considere que a inteligência artificial permita que pessoas comuns tenham acesso a conhecimentos mais profundos, facilitando a vida delas mas, ao mesmo tempo, eliminando alguns empregos de alta especialização.

Além disso, Pichai também considera que deixar essa tecnologia de lado pode ter um impacto mais negativo do que quaisquer efeitos colaterais que ela possa trazer. “A história mostra que os países que se retraem acabam não indo muito bem só com a sorte. Então é necessário abraçar a mudança”, opinou.

Demissão

Durante a entrevista, Pichai também abordou outros temas referentes ao último ano do Google. Uma delas foi a demissão de James Damore, o engenheiro do Google que fez circular um manifesto no qual ele defendia a desigualdade entre homens e mulheres. A empresa demitiu Damore por conta de seu documento anti-diversidade, e ele processou a empresa por supostamente “discriminar” contra homens brancos e conservadores – ainda que 69% dos funcionários da empresa sejam homens e 59% sejam brancos.

Mesmo com o processo, Pichai disse que não se arrependia de ter demitido Damore. “Eu lamento que as pessoas tenham entendido, erroneamente, que nós tomamos essa decisão por causa de uma crença política”, disse. Ele também lamentou, segundo a CNBC, que o assunto tenha chegado ao público “de uma maneira tão polarizada”. Susan Wojcicki, a CEO do YouTube, que estava ao lado de Pichai durante a entrevista, concordou que demití-lo foi “a decisão correta”.

Quando o Google decidiu demitir Damore, o CEO da empresa chegou a cancelar suas férias para tratar do assunto. Na época, Pichai enviou um e-mail à empresa toda, afirmando que “sugerir que um grupo de nossos colegas tem traços que os torna menos biologicamente adequados para seu trabalho [como dizia o documento de Damore] é ofensivo e não é tolerável”.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital