Inteligência artificial consegue encontrar o Wally em menos de 5 segundos

Renato Santino14/08/2018 01h02

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A inteligência artificial assusta muita gente, mas o fato é que, ao menos em teoria, ela está aí, evoluindo a cada dia, com o intuito de solucionar os problemas que a mente humana tem dificuldade. Problemas grandes como, por exemplo, olhar para uma página dos livros de “Onde está Wally?” e não conseguir encontrar o bendito Wally.

Parece bobo, mas é real, e a tecnologia por trás deste robô é interessante. Criado pela agência Redpepper, a máquina, chamada de “There’s Waldo” (“Aí está o Wally”) utiliza uma câmera que fotografa uma página do livro. Esta imagem é então analisada por um serviço aberto do Google chamado AutoML, ferramenta que permite criar aplicações de aprendizado de máquina sem conhecimento de programação e existe desde janeiro deste ano.

Este sistema foi treinado exclusivamente para reconhecer imagens do personagem Wally. Matt Reed, que trabalha na Redpepper, explica ao site The Verge que para isso foram necessárias apenas 62 imagens de rosto do personagem mais 45 imagens de corpo inteiro, coletadas a partir do Google Imagens. A partir daí, o sistema se tornou capaz de diferenciar o Wally dos outros personagens na imagem. Ele também diz que não tinha qualquer conhecimento do AutoML e só precisou de uma semana para programar o robô em Python.

A segunda parte divertida do robô There’s Waldo é o braço mecânico, que é controlado por um Raspberry Pi. Depois de o sistema fazer a varredura da imagem e apontar uma combinação com 95% de certeza ou superior, o computador orienta o braço a apontar uma mão de borracha para o exato ponto onde está o Wally.

A empresa diz que o There’s Waldo consegue achar o Wally em apenas 4,45 segundos, mas a ideia não é tirar a diversão de procurar pelo personagem nos livros, e sim apenas demonstrar a capacidade do AutoML. Reed imagina outras possibilidades para a tecnologia como usar a inteligência artificial para ver um rosto de uma pessoa e identificar com qual personagem da ficção ela mais se parece, por exemplo.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital