Intel tenta explicar por que o USB-C é melhor que uma entrada para fones

Renato Santino18/08/2016 00h26

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O conector P2 pode estar a caminho da extinção, com aparelhos como o iPhone 7 e o Moto Z já optando por usar uma entrada USB-C em vez da convencional porta de 3,5 milímetros. A moda pode não pegar, mas ao que tudo indica é uma tendência de curto prazo, mas, segundo a Intel, a mudança não é só uma substituição, mas uma melhoria.

Durante o Developer Forum da empresa, Brad Saunders e Rahman Ismail, arquitetos da Intel, tentaram dar uma explicação sobre as vantagens do USB-C sobre a entrada de 3,5mm. A primeira é a mais óbvia de todas: celulares mais finos. Sem todos os circuitos analógicos extras, é possível simplesmente migrar totalmente para digital e poupar alguns milímetros que podem ser usados para tornar o smartphone mais fino (e também pode ser usado para preencher o corpo com uma bateria mais robusta).

O áudio digital, segundo Sanders, junto com os softwares adequados, permitiria transportar para os fones mais simples os recursos de aparelhos muito mais caros, como cancelamento de ruído e ampliação de baixo.

Um outro questionamento válido é sobre o consumo de bateria de um controlador USB, que chupa mais energia do que um dispositivo com cabo P2. No entanto, os arquitetos contam que as especificações revisadadas do USB-C são capazes de detectar quando o usuário não está usando o microfone ou o áudio e desativar o fluxo de energia para poupar a bateria. Segundo Sanders, a diferença é insignificante.

Assim, do ponto de vista técnico, não há perdas com a migração para o USB. As questões de usabilidade, no entanto, continuarão no ar. Escutar alguma coisa enquanto o celular carrega será inviável sem um adaptador. Além disso, todos os seus fones antigos também passarão a ser inúteis sem um adaptador. Vale a pena? O consumidor vai aceitar? Só o tempo dirá.

Via The Verge

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital