A Intel anunciou nesta terça-feira, 30, a primeira linha de sua sétima geração de processadores, chamada Kaby Lake. São seis novos chips em 14 nanômetros que, segundo a empresa, oferecem uma performance até 12% melhor do que a sexta geração, chamada Skylake.
Os processadores são destinados a dispositivos com maior mobilidade, especialmente notebooks e laptops 2-em-1. Por isso, a linha consome entre 4.5 e 15 watts, segundo a Intel, e promete democratizar o processamento em resolução 4K para games e vídeos, economizando energia.
A empresa diz que a nova geração de processadores começará a ser usada pela indústria a partir de setembro, e que deve aparecer em ao menos 100 produtos até o fim deste ano. Estes são os modelos anunciados:
- Intel Core i7-7500U (15W, 2 núcleos, 2.7GHz de base, 3.5GHz em turbo)
- Intel Core i5-7200U (15W, 2 núcleos, 2.5GHz de base, 3.1GHz em turbo)
- Intel Core i3-7100U (15W, 2 núcleos, 2.4GHz, sem turbo)
- Intel Core i7-7Y75 (4.5W, 2 núcleos, 1.3GHz de base, 3.6GHz em turbo)
- Intel Core i5-7Y54 (4.5W, 2 núcleos, 1.2GHz de base, 3.2GHz em turbo)
- Intel Core m3-7Y30 (4.5W, 2 núcleos, 1.0GHz de base, 2.6GHz em turbo)
Lei de Moore e estratégia “tick-tock”
A geração Kaby Lake, porém, não chega a ser um upgrade completo em relação à geração anterior. Historicamente, a Intel sempre cria uma nova e poderosa arquitetura de processamento em um ano e, no ano seguinte, usa a mesma arquitetura em um espaço menor. É o que a empresa chamam de estratégia “tick-tock”.
Acontece que a nova linha usa pelo terceiro ano seguido o mesmo tamanho de circuitos, 14 nanômetros, e nem mesmo a arquitetura é totalmente nova. O esperado upgrade foi reservado para a geração Cannonlake, que deveria ter sido lançada neste ano, mas que acabou adiada para 2017. Ou seja, o “tick” está atrasado, enquanto a Intel continua no terceiro “tock”.
A Intel já admitiu o fim da estratégia “tick-tock” em um relatório divulgado no começo deste ano. “Pretendemos aumentar o tempo em que utilizaremos nossos processos de 14 e 10 nanômetros, otimizando mais nossos produtos e tecnologias de processo e, ao mesmo tempo, atendendo à cadência anual de introdução de novos produtos no mercado”, declarou a empresa.
Há quem diga que a Intel já decretou o fim da Lei de Moore – previsão feira na década de 1960 por Gordon Moore, fundador da Intel, de que a densidade de transistores em um processador dobraria a cada dois anos. Talvez não seja para tanto, porém.
O Cannonlake da Intel, por exemplo, deve chegar no ano que vem com 10 nanômetros de densidade. Já a IBM está desenvolvendo um processador de 7 nanômetros, que deve começar a ser produzido em larga escala no ano que vem. Ou seja, ainda é possível diminuir o tamanho dos processadores por mais alguns ciclos, embora seguir a Lei de Moore tenha se tornado cada vez mais difícil.