A iniciativa do Project Athena, da Intel, surgiu com uma campanha um pouco vaga e sem sentido. Em janeiro deste ano, ela apresentava sua tecnologia como “inovação para notebooks baseada no entendimento humano”. Mas, conforme o Engadget relata, você pode esperar que o Project Athena apareça com pelo menos uma especificação muito vantajosa: nove horas completas de vida real da bateria.

Quando as empresas anunciam seus novos notebooks, muitas vezes elas colocam horas irreais de duração de bateria. A LG, por exemplo, utilizava uma ferramenta de benchmark para afirmar que seu novo Gram 14 poderia funcionar por 23,6 horas com uma carga, quando, na verdade, essa duração só seria possível se você mal utilizasse seu notebook, não conectasse wifi e deixasse o brilho no mínimo. 

Óbvio que a Intel ainda pode ter uma ideia diferente de uso de notebooks e talvez não chegue exatamente a nove horas de duração, dependendo de como você usa o aparelho. Mas o fato é que sua nova tecnologia pode fazer com que a autonomia do laptop se aproxime mais do tempo prometido.  O teste de duração foi feito com um navegador Wi-fi com carga de trabalho, muitos aplicativos rodando em segundo plano e maior brilho de tela do que antes. 

Isso é promissor, mesmo que o Engadget também observe que os fabricantes podem estar usando alguns truques para chegar lá, como escurecer automaticamente a tela quando você não está por perto.

Segundo Josh Newman, vice-presidente da área de inovação mobile da Intel e responsável por essa iniciativa, uma melhor duração da bateria envolveria a Intel trabalhando em conjunto com os OEMs (as fabricantes de notebooks), não apenas otimizando cada sistema, mas desenvolvendo novos componentes de potência. Tudo para chegar a um lugar onde os compradores poderiam realmente deixar o carregador em casa. 

“A cada ano, nós vamos fazer isso cada vez maior, e quando chegarmos ao novo objetivo final, [os notebooks] serão como o seu telefone – onde você simplesmente tira o carregador e não se preocupa com isso”, disse o executivo. Newman também comenta que equipamentos compatíveis com o Wi-fi 6  deverão estar disponíveis entre o fim de 2020 e 2021. 

Via: The Verge