Intel lança CPU Xeon de 48 núcleos para brigar com AMD em 2019

Rene Ribeiro06/11/2018 01h21, atualizada em 06/11/2018 13h00

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Os modelos atuais de processadores top-de-linha Intel para servidores, chamados de Xeon, tem encapsulados 28 núcleos trabalhando com 56 threads (processam duas instruções por vez).  E tudo em uma única pastilha. Agora a Intel apresentou seu mais novo Xeon, com 48 núcleos, mas usando duas pastilhas de 28 núcleos cada uma, trabalhando em cascata.

Até dois chips podem ser instalados em uma placa-mãe com suporte a multi-processador, dando a você 96 núcleos no total. Mas a Intel ainda tem que dizer se os chips serão hyperthreaded (as duas pastilhas processando mais de duas instruções ao mesmo tempo). Estes chips, obviamente, não são projetados para consumidores, apesar de nada impedir. Apenas o preço pode dificultar bastante.

Essa nova família de CPUS Xeon é projetada para aceitar até 24 módulos de memória RAM (até 3 TB) padrão DDR4 em uma configuração de CPU dupla e ainda trabalhar com os chips de memória Optane, também produto da Intel, que é uma memória mais rápida e que fica entre o armazenamento SSD e a memória RAM e serve para carregar aplicações e dar o boot no sistema em um processo muito mais rápido.

Reprodução

Com 24 deles, você poderia ter tremendos 12 TB de memória do sistema, o suficiente para executar uma simulação bastante complexa. A Intel provavelmente está duplicando as pastilhas no encapsulamento por razões econômicas. Quanto mais transistores você tentar espremer em um único bloco, maior a probabilidade de ter um defeito. Ao fabricar pastilhas menores e juntá-las, é possível obter rendimentos mais altos e, consequentemente, mais lucro.

A Intel alega ganhos de desempenho de 20% sobre seus atuais processadores Xeon e até 3,4 vezes maior do que os chips para servidores EPYC da AMD para determinadas tarefas. É interessante que a empresa ainda não tenha dito se os chips são hyperthreaded como sua geração atual. Eles têm sido afetados por problemas de segurança, causados, em parte, pelo hyperthreading, mas os novos modelos foram redesenhados para evitar problemas com o Spectre e o Meltdown, segundo a companhia.

Os chips ainda usam tecnologia de 14 nanômetros, já que os produtos de 10 nanômetros da Intel ainda não estão prontos. Os engenheiros superaram muitos obstáculos para manter os CPUs da empresa competitivos, aumentando a eficiência e adicionando novos tipos de instruções. No entanto, a AMD deve endurecer o jogo, já que, nesta quarta, ela deve anunciar seus novos chips para servidores EPYC baseados em sua tecnologia de 7 nanômetros, incluindo um modelo de 64 núcleos.

Colaboração para o Olhar Digital

Rene Ribeiro é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital