A Intel começou a testar seu menor chip quântico criado até hoje. A unidade de processamento é menor do que a borracha de um lápis e usa uma estrutura de “spin qubits” – uma alternativa aos qubits supercondutores, capaz de operar no silício usado em processadores tradicionais e visto como a solução para levar a computação quântica adiante.
O novo chip só opera em temperaturas muito baixas, de cerca de 273 graus negativos, o zero absoluto. Como toda unidade de processamento do tipo, em vez de transitores, ela usa bits quânticos, os tais qubits, que carregam apenas um elétron e medem 50 nanômetros. É o comportamento desse elétron – que pode girar para cima, para baixo ou para ambas as direções, por superposição – o responsável por gerar o poder computacional da CPU.
Segundo a Intel, o tamanho diminuto dos qubits do processador indica que seu design “poderá ser ampliado consideravelmente no futuro”, de acordo com a própria Intel. Assim, os computadores quânticos de alguns anos adiante poderão ter milhares ou até milhões desses bits quânticos e “serão muito mais poderosos do que os supercomputadores mais rápidos da atualidade”, também de acordo com a empresa.
A temperatura de zero absoluto que o novo hardware precisa para operar, porém, ainda é um impeditivo para avançar mais com o conceito de computação quântica – e uma barreira que as empresas ainda devem levar algum tempo para conseguir ultrapassar.