O Instagram anunciou que, no mês passado, estendeu sua proibição de imagens de automutilação e suicídio. Agora, conteúdos fictícios, como memes, desenhos, quadrinhos e filmes, que tenham relação com o assunto também serão removidos da plataforma.
O chefe do serviço, Adam Mosseri, disse também que o Instagram removerá “outras imagens que podem não causar danos pessoais ou suicídio, mas incluem materiais ou métodos associados”. “Contas que compartilham esse tipo de conteúdo também não serão recomendadas na pesquisa ou em nossas superfícies de descoberta, como Explorar”.
Além de punir, o Instagram disse que pretende enviar mais recursos de auxílio a pessoas envolvidas nessa situação, “como os samaritanos e o ‘PAPYRUS’ no Reino Unido ou a Linha de vida nacional para a prevenção de suicídios e o ‘Projeto Trevor’ nos Estados Unidos”.
Mosseri ainda explicou que existem dois lados desse conflito.
“Duas coisas são verdadeiras sobre as comunidades online e elas estão em conflito entre si. Primeiro, a realidade trágica é que alguns jovens são influenciados de maneira negativa pelo que vêem online e, como resultado, podem se machucar. Este é um risco real.
Mas, ao mesmo tempo, há muitos jovens que estão entrando na internet para obter apoio com as lutas que estão tendo – como aqueles que compartilham cicatrizes curadas ou falam sobre sua recuperação de um distúrbio alimentar. Muitas vezes, essas redes de suporte on-line são a única maneira de encontrar outras pessoas que compartilharam suas experiências”.
O Instagram diz que desde que anunciou novas medidas, em fevereiro, para evitar conteúdo relacionado a danos pessoais e suicídio, ele removeu, reduziu a visibilidade ou adicionou telas de sensibilidade a mais de 834.000 conteúdos. Sendo que a rede encontrou mais de 77% deles antes mesmo de serem relatados.
A iniciativa do Instagram de proibir essas publicações começou em 2017, com o caso de Molly Russell, uma inglesa de 14 anos que cometeu suicídio. Segundo os pais da jovem, ela teria sido motivada por fotos vistas no Instagram. Em maio deste ano, uma menina também se matou depois do resultado de uma enquete no Stories da plataforma.