Agora é possível conectar um iPhone diretamente no seu cérebro. No entanto, antes de pensar em um futuro de ficção científica com ciborgues e implantes para alcançar poderes sobre-humanos, a tecnologia foi pensada para fornecer a pessoas com perdas de audição consigam usar seus implantes cocleares com o celular.

A tecnologia é fruto de uma parceria entre a Cochlear, fabricante de implantes, e a Apple. Como resultado, as pessoas que usam um implante com o processador de som Nucleus poderão usar os celulares com um app específico que permite escutar chamadas e quaisquer outros apps que produzam som no celular.

Até agora, para ter um resultado similar, usuários com um implante coclear precisavam usar processadores externos e adaptadores. O sistema funcionava captando os sinais digitais e retransmitindo a informação para o aparelho. Sem a necessidade dessa “gambiarra”, essas pessoas devem ver um aumento instantâneo de qualidade de vida.

Infelizmente, no entanto, a qualidade de som ainda não é perfeita. O sinal de áudio é bastante comprimido, de modo que o som é bastante inferior ao que um fone Bluetooth convencional conseguiria reproduzir. Isso não chega a ser um problema, porém, já que os implantes cocleares já são reservados para pessoas com perda profunda de audição, justamente porque o número de frequências que eles podem alcançar por meios convencionais já é limitado.

Por enquanto, a tecnologia é restrita e vantajosa apenas para pessoas com problemas de perda de audição, mas não é muito distante da realidade imaginar a possibilidade de um implante do tipo passar a ser algo interessante para os biohackers, os entusiastas da fusão entre o corpo humano e a tecnologia. Imagine escutar as músicas no seu celular sem precisar de fones e sem incomodar as pessoas ao redor? É uma ideia que pode atrair alguns interessados.