Em entrevista concedida durante a gravação do podcast de Joe Rogan, Elon Musk disse que a startup Neuralink pode estar prestes a iniciar testes de tecnologia em humanos. A empresa, que é cofundada pelo empresário, trabalha há algum tempo em desenvolver a inteligência artificial (IA) e seu papel na simbiose entre homem e máquina.

De acordo com ele, a Neuralink ainda não está “testando em pessoas, mas acho que não vai demorar muito. Podemos implantar um link neural em um indivíduo em menos de um ano”. A notícia chega alguns meses depois de o empresário declarar que a empresa trabalha em um projeto “impressionante”.

Em julho de 2019, a empresa divulgou planos de fazer buracos no crânio de indivíduos usando lasers para introduzir eletrodos flexíveis em seus cérebros. Agora, o possível trabalho da Neuralink parece ter avançado bastante, já que Musk foi capaz de revelar que o implante terá cerca de 2,5 cm de diâmetro e será colocado após retirada de uma pequena parte da cabeça.

Reprodução

Após a revelação, o empresário subestimou os riscos de tal procedimento, alegando que “há uma possibilidade muito baixa de rejeição [do corpo]”. “As pessoas colocam monitores cardíacos e coisas para convulsões, além de implantar quadris e joelhos artificiais. É possível saber o que causa rejeição ou não”, completa.

Embora pareça um procedimento invasivo e violento, o objetivo é restaurar a funcionalidade do cérebro. Por exemplo, aqueles com Alzheimer podem ter suas memórias restauradas. Para exemplificar a ação do dispositivo no cérebro, Musk disse que uma pessoa com problemas possui um órgão que funciona como uma conjunção de circuitos, mas que “estão com defeito”.

Estágio do projeto

Mesmo com as promessas de melhoria na qualidade de vida das pessoas, a tecnologia ainda está em estágios bastante iniciais. “Ainda há muito trabalho a fazer”, declara o empresário. Ele ainda destacou que planeja um cronograma de testes que deve levar cerca de um ano.

Ao ser questionado por Rogen sobre o impacto de sua criação na sociedade, Musk disse que o projeto não deveria surpreender, já que “somos cyborgs até certo ponto. Se perdemos o telefone ou computador, parece que está faltando um membro”.

Via: Futurism