A IBM anunciou nesta quinta-feira (20) que dobrou a capacidade de seus computadores quânticos, igualando o maior “volume quântico” (QV) já conseguido até o momento, com um QV de 64 unidades em um sistema instalado em seus clientes e baseado em 27 “bits quânticos”, os qubits.

O volume quântico é uma métrica desenvolvida pela própria IBM para calcular a capacidade de processamento de um computador quântico usando fatores como número de qubits, taxa de erros e conectividade dos qubits em um sistema. Em julho deste ano a Honeywell, uma de suas concorrentes no setor, também anunciou que um de seus computadores atingiu um QV de 64 unidades.

Computadores quânticos ainda não são usados e em larga escala, mas tem o potencial para revolucionar nossa sociedade de forma ainda mais intensa do que os computadores “clássicos” atualmente em uso.

Explorando a capacidade dos Qubits de assumir múltiplos estados simultaneamente (um fenômeno chamado superposição), eles podem lidar com problemas que cuja solução seria impossível ou demorada demais em um computador comum, como quebrar algoritmos de criptografia que levariam milhões de anos em questão de segundos, simular a interação de moléculas no desenvolvimento de substâncias químicas e medicamentos ou até mesmo tarefas aparentemente “mundanas” como calcular a melhor rota para entrega de pacotes ou qual portfolio de investimentos terá o melhor retorno.

Em janeiro deste ano a IBM havia anunciado que um de seus computadores havia atingido um QV de 32 unidades, e a empresa tem um objetivo de dobrar este número a cada ano. Ela afirma que atingiu a nova marca usando um conjunto de técnicas que tiram proveito de seu hardware para executar de forma otimizada os circuitos dos volumes quânticos.

Segundo a IBM estas técnicas estarão disponíveis em futuras versões do IBM Cloud Software Services, e também no kit de desenvolvimento (SDK) Open Source Qiskit.

Fonte: ZDNet