Humanos precisam virar ciborgues para sobreviver, diz Elon Musk

Renato Santino14/02/2017 17h14

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Para Elon Musk, um dos principais visionários atualmente no mundo da tecnologia, o futuro da humanidade depende de nos transformarmos em ciborgues para ter uma conexão mais rápida com as máquinas.

O argumento principal do fundador da Tesla e da SpaceX gira em torno dos limites de poder de processamento e velocidades de transferência de informações. O que isso quer dizer? Significa que computadores conseguem engolir, transferir e processar gigabytes inteiros por segundo, ou até terabytes, e suas capacidades só tendem a aumentar com os anos. Enquanto isso, nós somos limitados a formas arcaicas de input e output, como falar, digitar, ler e ouvir, que são extremamente lentas, com apenas alguns bits por segundo.

“Com o passar do tempo, eu acho que provavelmente veremos uma maior aproximação da inteligência biológica da inteligência digital”, afirmou ele durante o World Government Summit, realizado nos Emirados Árabes, de acordo com o site CNBC.

Isso traz algumas dificuldades quando pensamos na evolução da robótica e da inteligência artificial e em como isso pode impactar o mercado de trabalho. Para que os humanos não sejam superados pelas máquinas, é preciso que eles se transformem em máquinas, na visão de Musk.

Uma das propostas do executivo inclui um computador ligado ao cérebro com uma alta largura de banda, embora ele não especifique como isso seria feito. Atualmente, já existem algumas tecnologias que fazem a interface entre cérebro e máquinas que utilizam eletroencefalogramas, mas elas são lentas e pouco confiáveis e muito provavelmente não têm nada a ver com o que Musk tem em mente. Para chegar ao ponto proposto por ele, seria necessário ampliar radicalmente o conhecimento que temos sobre o cérebro.

Uma preocupação mais imediata mostrada pelo executivo é com os veículos autônomos, que evoluem a passos largos e podem tirar o emprego de milhões de motoristas ao redor do mundo, e será necessário pensar em uma nova posição de trabalho para essas pessoas. No entanto, essa é só uma primeira etapa do avanço da inteligência artificial; se hoje ela está limitada a fazer apenas uma ou duas tarefas bem, as pesquisas estão progredindo para criar a AGI, sigla em inglês para “inteligência artificial geral”, que se propõe a realizar qualquer tarefa que um humano é capaz de fazer. Quando isso acontecer, Musk prevê que a AGI evoluirá para “ser mais inteligente que o mais inteligente dos humanos na Terra”.

Via CNBC e Ars Technica

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital