Um advogado da Huawei disse a um júri do Texas que um ex-gerente de engenharia usou segredos comerciais da empresa e levou 24 de seus funcionários para fundar sua empresa. A empresa foi fundada em 2013 e recebeu o nome de CNEX. Após isso, a Huawei decidiu processá-los por roubo de informações.
O julgamento está em andamento para decidir se isso de fato aconteceu. A ação civil começou com o advogado da Huawei mostrando aos jurados que os erros de ortografia que estão presentes nos documentos internos da empresa, foram repetidos nas propostas da fabricante de chips CNEX.
Ronnie Huang, fundador da CNEX, rebateu e negou as alegações da Huawei. Ele testemunhou na corte na última terça-feira, 4, e disse que não se lembrava ou não soube explicar como os documentos usados para promover a CNEX incluíam gráficos, diagramas e trechos muito semelhantes aos que ele havia feito pela Huawei.
Por sua vez, o advogado da CNEX disse que os erros de ortografia eram idênticos porque Huang escreveu todos os documentos. “As coisas que a Huawei alega serem segredos comerciais, não são”, disse o advogado. Ao questionarem Huang sobre ele ter copiado o material da empresa chinesa, ele respondeu: “Parece que é o mesmo, mas não me lembro de ter feito isso”.
Além de mostrar aos jurados os erros ortográficos comuns dos documentos, o advogado da Huawei, Michael Wexler, apresentou trechos de um depoimento em vídeo no qual outro ex-funcionário admitiu ter copiado 5.760 arquivos de seu computador de trabalho antes de sair da Huawei para entrar na CNEX.
O caso ainda está em julgamento. Coincidentemente, o juiz responsável pelo caso, Amos Mazzant, é o mesmo que está supervisionando a tentativa da Huawei de anular a proibição do governo Trump de atuar nos EUA.
Via: Reuters