Não é segredo que o governo de Donald Trump – com o departamento de segurança nacional à frente – tem vários problemas com a Huawei. A grande preocupação do país é a infraestrutura 5G oferecida pela empresa, que, segundo o Tio Sam, é usada para espionagem pelo governo chinês. Com base na alegação, os EUA baniram o uso dos produtos da gigante de tecnologia em agências federais e vêm tentando atrair nações aliadas em um movimento “todos contra a Huawei”. O objetivo é que mais países proíbam completamente o uso e venda de equipamentos da companhia.
A empresa, por sua vez, rebateu e negou todas as alegações, além de abrir processo contra o governo norte-americano classificando a proibição de “inconstitucional”. Apesar de continuar ampliando seu mercado e sua receita, alcançando um crescimento de 36% nos dois primeiros meses de 2019, a Huawei está com a reputação fragilizada. E para renovar sua imagem, está disposta a assinar acordos de não-espionagem com todos os governos cujos países ela tem atuação comercial.
“Estamos dispostos a assinar acordos de não-espionagem com governos, incluindo o do Reino Unido, em que nos comprometemos a fazer com que nossos equipamentos atendam ao padrão de não-espionagem” disse o presidente da Huawei, Liang Hua, em matéria do site Pocketnow publicada nesta terça-feira, 14.
O Reino Unido ainda está considerando as diretrizes de permissão do envolvimento da Huawei com sua rede nacional. Um relatório sobre as regras de segurança que a empresa deverá cumprir para sua atuação comercial no país deve ser publicado em breve.
De acordo com um porta-voz do governo britânico, o país tem controles rígidos sobre os equipamentos da gigante chinesa. “A segurança e a resiliência das redes de telecomunicações do Reino Unido são de suma importância, e temos controles rígidos sobre como os equipamentos da Huawei estão atualmente implantados em nossa nação”.
Outros países da União Europeia, como a Alemanha e França, indicaram pretensões de ignorar o posicionamento dos EUA. Até agora, apenas a Austrália se juntou ao governo norte-americano na proibição, ainda parcial, de equipamentos e tecnologia 5G da Huawei.