A principal notícia do mercado de tecnologia na manhã desta quinta-feira, 21, é a compra, por US$ 1,1 bilhão, de parte do setor de smartphones da HTC pelo Google. Em um comunicado, porém, a taiwanesa fez questão de deixar claro que a sua marca de celulares ainda não morreu.
“Este acordo também suporta o continuamento da estratégia de smartphones com a marca HTC”, disse a empresa em nota enviada ao site The Verge. “A HTC vai manter seus principais talentos de engenharia, que estão, atualmente, trabalhando no nosso próximo celular top de linha.”
O último top de linha da HTC foi o U11, um celular que chegou a liderar o ranking da DxOMark dos smartphones com melhores câmeras do mercado, superando o Pixel, do Google (fabricado pela HTC). Além disso, o aparelho veio com um inédito recurso de controle por pressão nas laterais. Ou seja, um sucessor deste smartphone ainda deve sair nos próximos meses.
No anúncio da aquisição, as companhias informaram que o Google comprou apenas uma parte da equipe de engenharia de smartphones da HTC, que inclui todas as unidades que trabalharam no desenvolvimento do Pixel nos últimos dois anos. Isso inclui 2.000 funcionários e propriedade intelectual, que vai para o Google sob um acordo de não exclusividade.
A HTC também diz que o acordo com o Google permitirá que a empresa de Taiwan trabalhe com “um portfólio de produtos mais simplificado, mais eficiência operacional e flexibilidade financeira”. Isso indica que a companhia pode continuar a lançar celulares com a marca HTC no futuro – talvez menos do que agora – ou que ela vai focar todos os seus esforços no Vive, seu visor de realidade virtual.
De qualquer maneira, os trâmites legais do acordo com o Google só devem ser concluídos no início do próximo ano, o que dará tempo à equipe da HTC para finalizar seu novo top de linha e colocá-lo no mercado antes que a maior parte da sua equipe passe a se dedicar exclusivamente ao Google.