Um homem que compartilhou o vídeo do tiroteio em massa na Nova Zelândia foi condenado a 21 meses de prisão nesta terça-feira (18). Philip Arps foi considerado culpado de duas acusações por distribuição de material censurável online – no caso, o vídeo do atentado na Christchurch, no dia 15 de março, que vitimou 51 pessoas e foi transmitido ao vivo pelo atirador.

O juiz Stephen O’Driscoll decretou que Arps, dono de um pequeno negócio em uma igreja neozelandesa, enviou o conteúdo a 30 pessoas. De acordo com a Associated Press, ele também pediu a alguém que adicionasse miras e uma contagem de mortos nas imagens, em uma suposta tentativa de criar um meme, mas não há qualquer evidência desse conteúdo alterado. Arps não teria mostrado empatia alguma com as vítimas ao ser questionado sobre o vídeo. Ele estava entre os seis indivíduos acusados de distribuição ilegal.

Não foi nada fácil para o Facebook manter as gravações do atentado longe da sua plataforma. A rede social também foi criticada quanto à ineficiência dos seus sistemas de inteligência artificial, que não detectaram automaticamente o vídeo do ataque. Nas semanas seguintes ao evento, a companhia declarou que o vídeo de 17 minutos não foi reportado nenhuma vez enquanto estava ao vivo. Segundo a rede social, a primeira denúncia foi recebida 12 minutos depois do fim da transmissão.

O vídeo foi carregado mais de um milhão de vezes pelos usuários. O Facebook eliminou 1,5 milhão desses carregamentos, enquanto outro 1,2 milhão foi bloqueado. No último mês, como reflexo dos eventos na Nova Zelândia, a rede social introduziu uma nova política de banimento para o seu serviço de livestreams, o Facebook Live. Agora, caso uma pessoa viole uma das normas da comunidade, ela será expulsa da plataforma por um período.

Fonte: CNet