Uma modelo britânica chamada Chloe Ayling teria sido vítima de um crime que contaria com a deep web e a bitcoin como suporte. Ayling, que tem 20 anos, diz ter sido sequestrada em Milão, na Itália, onde realizaria uma sessão de fotos.
Ayling contou à polícia local que foi atacada por duas pessoas: uma segurou sua boca e cabeça enquanto a outra aplicava uma droga em seu braço. “Acho que perdi a consciência”, comentou, acrescentando que, ao acordar, percebeu estar em um saco de dormir dentro de um carro com braços e pernas amarradas.
O sequestro teria ocorrido em 11 de julho, segundo reporta o The Guardian. Após o ataque, os criminosos carregaram a modelo a Borgial, uma vila isolada próxima a Turin, onde a mantiveram por seis dias antes de levá-la ao consulado britânico em Milão.
Identificado como Black Death, o grupo responsável pela ação planejava vendê-la por US$ 300 mil (R$ 939 mil) num leilão virtual em 16 de julho, mas eles também queriam entrar em contato com o agente de Ayling para pedir resgate.
Uma suposta “publicidade” sobre a britânica anuncia que as garotas sequestradas pela organização “podem ser transportadas globalmente” mediante pagamento, mas que dentro da União Europeia a entrega seria gratuita.
De acordo com a imprensa italiana, a modelo só foi libertada porque os criminosos descobriram que ela tinha um filho de dois anos e era contra as regras do Black Death sequestrar mães. Entretanto, a “enorme generosidade”, como chamaram os criminosos, deveria ser seguida de um pacto de silêncio por parte de Ayling e de um pagamento de US$ 50 mil (R$ 156 mil) em bitcoins dentro de 30 dias — caso não cumprisse com a demanda, ela seria “eliminada”.
No dia 18 de julho, a polícia prendeu um polonês de 30 anos que vivia no Reino Unido por suspeita de sequestro e extorsão. Agora os oficiais procuram por cúmplices, que seriam três ou quatro. Agentes italianos, britânicos e poloneses trabalham em conjunto no caso.