O empenho da indústria fonográfica no combate à pirataria online parece estar mais forte do que nunca. Tanto que a BPI (British Recorded Music Industry) bateu recorde ao alcançar 310 milhões de pedidos de remoção de conteúdo supostamente ilegal ao Google.
A marca impressiona pela velocidade com que foi alcançada. Como reporta o TorrentFreak, o grupo que representa gravadoras levou anos para chegar às 200 milhões de URLs denunciadas ao buscador — o que aconteceu em março de 2016.
Em outubro do mesmo ano, a BPI bateu os 250 milhões, um número que, ressalta o TF, quase dobrava quando se levava em conta as denúncias direcionadas ao Bing, da Microsoft. Fazendo milhões de reclamações por semana, o BPI chegou aos 300 milhões em junho deste ano, e então levou só dez dias para escalar até os 310 milhões.
Dados do Google revelam que 95,7% dos pedidos de remoção foram atendidos, o que significa que a máquina de denúncias da BPI quase não tem errado a mira. Só que o grupo reclama da forma como o Google age com relação à pirataria. “A batalha seria muito mais fácil se os intermediários jogassem justo”, comentou um representante em entrevista ao TF.
A principal queixa diz respeito ao fato de que sites piratas conseguem voltar à ativa rapidamente em outros endereços. “O Google rejeita notificações repetidas para a mesma URL”, diz a BPI. “Mas conteúdo ilegal reaparece e é reindexado pelo Google da mesma forma.”