A Grã-Bretanha negou um pedido do governo equatoriano para que Julian Assange pudesse ir até o país realixar um exame de ressonância magnética. Assange, fundador do WikiLeaks, está morando há 40 meses na embaixada do Equador em Londres, e precisava do exame para investigar uma dor no ombro. O pedido, segundo o WikiLeaks, foi feito em 30 de setembro

Durante conferência de imprensa em Quito, capital do país, o Ministro das Relações Exteriores Ricardo Patiño informou que solicitou ”ao governo britânico que possa ser concedido, por razão estritamente humanitária, um salvo-conduto em coordenação com o governo do Equador para que Julian Assange possa realizr um exame de ressonância magnética”.

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No entanto, segundo o ministro, “A resposta que recebemos do Reino Unido é que pode sair da embaixada a qualquer momento por qualquer assistência médica de que possa necessitar, mas a ordem europeia de detenção se mantém para o senhor Assange. Ou seja, pode sair, mas vamos prendê-lo”. O governo britânico respondeu no dia 12 de outubro.

Patiño frisou também que o pedido de exame foi feito por uma médica que visitou a embaixada. A finalidade da ressonância magnética seria avaliar uma lesão no ombro direito de Assange. “Esse tipo de salvo-conduto por razões humanitárias é concedido mesmo em situações de guerra”, disse o ministro.

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Nascido na Austrália, Assange buscou asilo político na embaixada equatoriana em Londres em junho de 2012 para evitar extradição para a Suécia, onde deveria responder a acusações de estupro. Ele teme que, uma vez na Suécia, venha a ser extraditado então para os Estados Unidos, onde poderia ser acusado pela divulgação de centenas de milhares de documentos confidenciais do governo dos EUA.

Fim da vigilância

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Na segunda feira dessa semana (12 de outubro), a Scotland Yard, polícia metropolitana de Londres, encerrou uma operação de vigilância constante da embaixada equatoriana. A polícia concluiu que essa medida já “não era mais proporcional” – segundo o WikiLeaks, a operação custou, até o momento de seu encerramento, 12,6 milhões de libras.

Segundo Patiño, “Não havia motivo para a polícia britânica gastar tanto dinheiro para ter um monte de políciais e de veículos fora da embaixada”, uma vez que Assange “não tem nenhum motivo para fazer coisas irregulares”.

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Até o final de 2015, a Suécia espera conseguir fechar um acordo de cooperação internacional com o Equador para poder interrogar Assange, dentro da prórpia embaixada do Equador, sobre os crimes pelos quais ele é acusado na Suécia.