Como parte de um conjunto de 55 medidas para simplificar os negócios no Brasil, o Ministério da Economia está preparando o “Tinder do emprego”. É uma forma de unir pessoas desempregadas, com empresas que querem contratar. A ideia é modernizar o Sine (Sistema Nacional de Emprego) com a objetivo de facilitar as contratações.
O projeto, que recebeu o nome de Open Sine, deverá começar a operar com os dados de 15 milhões de desempregados. As empresas terão acesso a essas informações (sem revelar os nomes das pessoas), e podem ou não dar um “match” no trabalhador, com base em sua formação e experiências. Esses dados serão coletados de pessoas que ficaram desempregadas e solicitaram o seguro-desemprego, por exemplo.
Carlos Alexandre da Costa, secretário da produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, declarou que a aprovação do novo Sine é emergencial, já que a taxa de desemprego no país chegou a 12,4% ao final de fevereiro, segundo dados levantados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em entrevista ao Correio Brasiliense, Costa disse que “Nossa ideia é abrir a plataforma para todas as HRtechs (startups de Recursos Humanos), que já trabalham nessa área, para que elas se conectem, ofereçam vagas e tenham acesso a essas informações”, e completou “Essas empresas não fizeram isso até hoje porque não tinham acesso aos dados e porque não viam oportunidade, com o governo querendo fazer tudo, querendo captar a vaga, ir na empresa.”
O Sine foi criado em 1975 e, além de fornecer acesso ao seguro-desemprego, faz a intermediação entre empresas e funcionários. Sua base de dados é extensa e possui dados de milhões de trabalhadores que solicitaram o seguro-desemprego, pois o cadastro é obrigatório. Entretanto, o órgão tem dificuldades em encontrar vagas para os trabalhadores, já que as empresas acreditam que não vale a pena colocar vagas lá por conta do sistema possui informações de “péssima qualidade”, segundo Carlos.
Com essa nova medida, o governo espera facilitar a vida do trabalhador desempregado na procura de emprego, já que as empresas fariam a busca diretamente pelo banco de dados, sem intermédio do governo, como vinha ocorrendo. A ferramenta tem previsão de entrar em vigor ainda este ano.
Fontes: Zero Hora / Correio Braziliense / Folha de São Paulo