Google sugere que britânicos não sabem implicações de deixar a União Europeia

Redação24/06/2016 08h45

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DUBLIN, Irlanda – Há poucas horas os britânicos expressaram, por meio de um referendo, que desejam deixar a União Europeia. O caráter participativo desse tipo de votação pode até servir como argumento nos debates políticos que devem se iniciar daqui em diante, mas a simplificação extrema de assuntos complexos ocasionada por referendos esconde o fato de que muitas das pessoas envolvidas com seus resultados não têm conhecimento pleno sobre as implicações do que acabaram de fazer, e o Google Trends dá uma ideia interessante sobre o nível de desinformação local a respeito do chamado “Brexit”.

O serviço de pesquisas da companhia vem divulgando insights de buscas relacionadas à votação desde o começo do referendo, que terminou com vitória pró-separação por 51,9% a 48,1%. “O que acontece se nós deixarmos a União Europeia?”, por exemplo, foi uma pergunta que teve alta superior a 250% no Google.

As cinco questões mais feitas dentro do Reino Unido sobre a votação revelam que muita gente nem sabia ao certo como o processo funcionaria. “Como eu voto no referendo?”, “O que é ‘Brexit’?”, “Quem pode votar no referendo?”, “Quando é o referendo?” e “Onde eu posso votar?” foram as campeões no período de 24 que antecedeu o pleito.

O referendo também trouxe à tona diferenças internas entre os países que compõem o Reino Unido, porque dois deles tiveram maioria pedindo a permanência na União Europeia – Escócia e Irlanda do Norte. O segundo caso é ainda mais curioso, porque alguns partidos querem usar os resultados para alavancar os debates em torno da união do país com a República da Irlanda. Isso se reflete no Google Trends, que mostra que a busca por “passaporte irlandês” dentro do Reino Unido teve alta de 100%.


Ao longo da semana, as questões em torno do referendo faziam referência a imigração, serviço público de saúde, economia, supremacia e segurança nacional. Os britânicos também queriam saber como a saúda da União Europeia afetaria o euro, a libra, os preços das casas, a imigração e o mercado financeiro. No caso deste último, buscas relacionadas incluem, por exemplo, “compra de ouro”, que obteve aumento superior a 500% em algumas horas.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital