De acordo com o portal Cnet, o Google já vem desenvolvendo protótipos de smartphones dobráveis para a linha Pixel. Mas, muita calma nessa hora. A chegada de um modelo da marca neste formato levará um bom tempo para aportar nas prateleiras, ainda sem um prazo definido. Os planos foram revelados durante a conferência de desenvolvedores da gigante de buscas, a Google I/O, que começou nesta-terça feira (7).
“Estamos definitivamente testando protótipos da tecnologia. Temos feito isso há um bom tempo”, declarou Mario Queiroz, que lidera o desenvolvimento dos celulares Pixel na empresa, em entrevista ao Cnet na última semana. Ele não deixou claro o estágio da produção do protótipo dobrável, tampouco como a tela funcionaria quando aberta e fechada.
Hoje, Queiroz reiterou que a companhia não possui quaisquer planos para anunciar produtos relacionados a essa tecnologia em um futuro próximo. “Estamos concentrando nossa empolgação hoje nos novos membros da família Pixel, os incríveis e acessíveis Pixel 3A e 3A XL,” versões intermediárias da linha de telefones do Google, também anunciadas nesta terça-feira.
O futuro incerto dos dobráveis
Aparelhos com telas articuladas vêm sendo vistos como o futuro dos smartphones e há uma enorme empolgação com a sua capacidade de transformar um celular comum em um tablet. Uma parte dessa euforia, porém, desapareceu desde que as telas das unidades de teste do Galaxy Fold, da Samsung, começaram a quebrar. O constrangimento forçou a gigante sul-coreana a adiar a data de lançamento do seu aparelho de US$ 1.980, um dos primeiros grandes dobráveis anunciados.
Queiroz também não está muito confiante com a tecnologia neste momento. De acordo com ele, os aparelhos dobráveis são bons para pessoas que querem ter telas maiores, mas isso não será suficiente para impulsionar o interesse do consumidor. “Eu acho que precisa ser mais inovador que isso”, afirma. “Agora, você não precisa ter um dobrável. É quase como um ‘é legal ter’”.
O Google lançou hoje o Pixel 3A, comercializado por metade do preço da versão premium, a US$ 399, em parte para contornar as vendas fracas da linha. O modelo foi projetado para tornar o celular principal do Google, já que é mais acessível. Um Pixel dobrável, caso algum dia chegue ao mercado, competiria no extremo oposto do espectro. E é bom lembrar que o cenário para as grandes fabricantes de smartphones é de queda de vendas: o problema é enfrentado, por exemplo, pela Apple, pela Samsung e também pelo Google, que divulgou uma queda no número de Pixels comercializados neste ano.
As vendas de telefones dobráveis chegarão a 30 milhões de unidades, respondendo por 5% do mercado de telefonia de luxo, até 2023, de acordo com uma previsão da Gartner do mês passado. Em resumo, eles, provavelmente, serão considerados um item de luxo por uns bons anos.
Fonte: Cnet