Google revela plano para acabar com a URL como conhecemos hoje

Renato Santino05/09/2018 00h56

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Desde que a internet comercial existe, ela passou por inúmeras mudanças, mas uma coisa continua igual: a URL, sigla em inglês para “localizador uniforme de recursos”, que serve como endereço de todos os sites que acessamos. Depois de tantos anos, o Google aproveitou o aniversário de 10 anos do Chrome para revelar que decidiu iniciar um combate às URLs como conhecemos hoje.

Em entrevista ao site Wired, Adrienne Porter Felt, engenheira do Google e gerente responsável pelo Chrome contou que existe um plano para que essas longas sequências de caracteres, muitas vezes incompreensíveis, que formam a URL sejam substituídas por algo mais inteligível para qualquer um, tornando a web mais segura.

“Queremos avançar para um lugar onde a identidade da web é compreensível para qualquer um; as pessoas sabem com quem estão falando quando estão usando um site e podem raciocinar se devem ou não confiar na página. É importante fazer algo, porque todo mundo está insatisfeito com as URLs. Elas são meio ruins”, conta Porter Felt.

A questão é que ninguém é muito claro sobre como vai funcionar esse sistema que poderia substituir a URL convencional. O que pode-se imaginar é que o Google queira fazer um trabalho de apresentar melhor os elementos que compõem uma URL para torná-los mais evidentes e a navegação mais segura, uma vez que endereços falsos são um dos métodos mais comuns de roubo de senhas. Em vez de dar um link para a pessoa acessar a Netflix.com, ela acessa a NetfIix.com (o “L” minúsculo foi trocado por um “i” maiúsculo), digita sua senha e pronto: seus dados foram roubados.

Agora a forma como o Google vai fazer isso, segue um mistério. É fato que a URL traz uma série de informações importantes: um site HTTP é menos seguro que um HTTPS, para começar. Na sequência, vemos o endereço propriamente dito da página, seguido das informações específicas para acessar uma parte específica dentro daquele endereço. A partir daí, existem inúmeras informações que podem ser acrescentadas até mesmo para monitorar a atividade online do usuário. Como a empresa vai fazer para que isso seja compreensível de uma forma mais simples? Precisamos esperar para ver.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital