A Axios divulgou na semana passada que o Google removeu o aplicativo Living Hope Ministries da Play Store. O motivo foi porque ele disponibilizava sermões e textos devocionais para homens e mulheres que instalavam o app, oferecendo terapia de conversão para uma “cura gay”. Este é um método controverso que alguns (incluindo o vice-presidente americano Mike Pence) acreditam que converterá homens e mulheres gays e bissexuais para uma orientação heterossexual. 

A “conversão” é feita por uma técnica que usa a psicologia e a crença religiosa para enviar mensagens repetidamente aos usuários. Essa “lavagem cerebral” é já considerada por muitos psicólogos e estudiosos algo prejudicial, ineficaz e que pode levar à depressão, uso de drogas e suicídio.

A ação do Google veio depois de muita mobilização. Uma petição no site Change.org que pedia a remoção do aplicativo, foi assinada por 142.212 pessoas. Além disso, várias outras organizações LGBTQ também exigiram que a medida fosse tomada. A resposta de empresa não veio imediatamente, durando meses de protestos antes que o aplicativo fosse removido. Além da Play Store, o banimento também foi feito na iTunes Store, na Microsoft Store e na Amazon Appstore.

“Foram meses de ativismo pela Truth Wins Out, pela Change.org e pela a Human Rights Campaign, para fazer o Google banir o aplicativo.”, disse Brad Hoylman, senador do estado de Nova York. O Google se pronunciou no site Gizmodo dizendo que “depois de consultar grupos de defesa externos, analisar políticas e garantir que compreendíam o aplicativo e sua relação com a terapia de conversão, decidiram removê-lo da Play Store, o que é consistente com outras lojas de aplicativos”.

O Living Hope Ministries, em sua defesa, afirma que não se engaja em terapia de conversão para heterossexualidade. Em janeiro último, a organização insistiu, por meio de um post em seu blog oficial, endereçado à Apple, que fornece um “espaço seguro para pessoas que lutam contra SSA”, sigla usada em algumas comunidades religiosas de extrema direita para o que chamam de “atração pelo mesmo sexo”. 

Via: Phonearena