O caminho do Google com o Pixel pode ser o mesmo da Apple com o iPhone. A empresa quer ir além de apenas dar palpites sobre a produção do celular para outras fabricantes (no caso, a HTC), para ter maior controle sobre hardware e software, criando uma estratégia integrada. Isso envolve a produção de seu próprio processador, como a Apple faz com os chips do iPhone.
Atualmente, o Pixel usa um chipset Snapdragon 821. É um bom processador de quatro núcleos, e é o que de mais poderoso a Qualcomm já produziu até hoje. No entanto, o projeto do Google vai além de licenciar designs de processadores ARM como os da Qualcomm para criar seu próprio “silício”, como revela o diretor de engenharia do Android David Burke em entrevista à Bloomberg. O termo se refere aos chips que compõem as configurações internas do celular.
Isso não deve acontecer tão cedo, no entanto, já que Burke deixa claro que o plano é para “algum dia”, o que pode significar alguns anos, porque é uma tarefa longa e custosa. No entanto, uma decisão do tipo pode mexer com o mercado de Android.
Uma das vantagens que o iPhone tem sobre o ecossistema Android é a vantagem de que a Apple tem um controle grande sobre o seu hardware e pode criar um software de acordo com suas necessidades e vice-versa. Isso permite otimização de recursos e maximizar desempenho mesmo com componentes que não sejam tão poderosos assim.
A questão é como isso vai impactar as parceiras do Android. Afinal de contas, o Google deixaria de ser apenas uma parceira para se tornar uma competidora com uma vantagem que pode ser considerada desleal. Pode ser o empurrãozinho que faltava para a Samsung, a maior fabricante Android do mundo, finalmente abraçar de vez o Tizen?
Via ExtremeTech e Bloomberg