A Google Cloud Platform, plataforma de nuvem do Google, anunciou ontem uma novidade para pessoas e empresas que fazem uso intenso de seus serviços. A empresa começou a disponibilizar máquinas virtuais com até 96 núcleos de processamento e até 624 GB de RAM.
Essas máquinas, de acordo com a empresa, são voltadas para aplicações que fazem uso intenso de recursos de processamento e memória, como programas científicos ou aplicações de meteorologia. Elas usam processadores da linha Xeon, da Intel, que são voltados especificamente para esse tipo de uso.
De acordo com o TechCrunch, essa novidade representa um aumento de 50% com relação as máquinas de melhor desempenho que a plataforma oferecia antes. O máximo que era possível usar até ontem era PCs virtuais com até 64 núcleos e até 416 GB de RAM – o que, naturamente, já fornece um desempenho bem aceitável para muitas aplicações.
Para quem?
Um computador com 96 núcleos de processamento e mais de meio terabyte de RAM pode parecer um exagero para qualquer usuário doméstico. Mas, vale notar, esse não é o tipo de uso que a plataforma do Google oferece. O serviço deles é voltado para empresas e pessoas que utilizam aplicações de grande escala para gerenciar seus negócios ou oferecer serviços pela internet.
Nesses casos, a performance do sistema pode impactar diretamente a qualidade do serviço que as empresas prestam, ou a eficiência com a qual elas conseguem trabalhar. Por isso a oferta de máquinas tão potentes. E como trata-se de uma plataforma de nuvem, as máquinas não ficam fisicamente presentes: quando o serviço é contratado, o Google dedica, em seus servidores, a quantidade adequada de núcleos e de memória contratada pelo cliente.
Mesmo assim, as máquinas são escaláveis, o que significa que uma empresa pode contratar menos núcleos e memória e depois, caso necessário, aumentar os recursos disponíveis sob quando necessário. Isso é importante, já que o serviço não é barato: ainda segundo o TechCrunch, os 96 núcleos e 624 GB de RAM custam US$ 4,95 (R$ 15,68) por hora de uso.