O sucesso de uma campanha, liderada por uma jornalista chamada Marie Turcan, do portal de notícias Numerama, resultou na alteração dos resultados de pesquisa ligados à palavra “lésbica” no Google. A campanha chamava a atenção para a grande quantidade de conteúdo pornográfico que aparecia na busca do termo.
Com isso, o Google realizou uma série de alterações em seu algoritmo de buscas para restringir a maioria dos resultados a conteúdos informativos e ligados à saúde ou educação sexual. Esse padrão já era adotado para termos como “gay” e “homossexual”.
Uma fonte do Google no Brasil confirmou que a mudança no algoritmo ocorreu por conta das reivindicações da jornalista, e que as alterações vão afetar alguns outros casos similares em que as buscas podem resultar em conteúdo impróprio em excesso.
Ao UOL, a assessoria do Google respondeu que a empresa trabalha constantemente para modificar os resultados mostrados em suas pesquisas. “Reconhecemos que os resultados para a consulta ‘lesbienne’ (lésbica em francês) estão abaixo das nossas expectativas (…) desenvolvemos uma solução algorítmica para que possamos fornecer resultados de alta qualidade não apenas para essa consulta, mas para vários outros tipos.”
Internautas do mundo todo comemoraram a conquista. Alguns brasileiros fizeram o teste de pesquisa e, em um primeiro momento, perceberam uma diferença significativa. Porém, alguns termos com variação de grafia ou uso de janela anônima estão influenciando nos resultados.
O movimento mostra que o Google está preocupado com as questões que envolvem os movimentos de visibilidade lésbica e a luta contra o machismo, além da hiper-sexualização das mulheres.
Via: UOL