Google não quer que colaboradores protestem em seu nome na Parada Gay

A empresa vai se juntar ao desfile e convocou voluntários para participarem, mas agora informa que eles não podem protestar
Roseli Andrion25/06/2019 00h53

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Muitas empresas apoiam a diversidade. Só que algumas delas têm restrições associadas a esse apoio. O Google, por exemplo, não se opõe à participação de seus colaboradores em protestos contra o YouTube ou o próprio Google durante a Parada Gay de São Francisco.

Isso, é claro, desde que eles não estejam lá para representar a companhia. Comunicações internas enviadas aos funcionários dizem que qualquer um que protestar nessas condições estará violando as normas do código de conduta da empresa.

Os colaboradores LGBTQ do Google estão insatisfeitos com as políticas do YouTube a respeito das polêmicas que envolveram Steven Crowder e Carlos Maza. O CEO da organização, Sundar Pichai, até escreveu uma carta aos colaboradores LGBTQ para se desculpar com eles.

Muitos consideram a decisão em relação à Parada Gay de São Francisco irônica, já que o YouTube se dedica tanto à liberdade de expressão. “Enquanto os youtubers podem alegar liberdade de expressão para continuarem a usar a plataforma, os LGBTs do Google no podem dizer que a empresa não os representa” diz um dos funcionários. “Isso é hipócrita, especialmente quando se tenta podar nossa voz no aniversário de 50 anos de Stonewall.”

Não ficou claro como os colaboradores serão punidos se desrespeitarem a norma. Eles se queixam de que ficou tarde demais para participarem da Parada Gay de São Francisco, que ocorre no fim desta semana, de outra forma. “Na prática, isso significa que é preciso escolher entre protestar e participar.”

Colaboração para o Olhar Digital

Roseli Andrion é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital