O Projeto Loon, que nasceu como parte do Google e se tornou uma subsidiária da Alphabet, vai passar por uma mudança de planos. O desenvolvimento da tecnologia permitiu que a empresa avançasse tanto no projeto, que em vez de espalhar inúmeros balões de internet pelo globo, será possível apenas restringi-los a áreas específicas de necessidade.
O plano original era ter um fluxo constante de balões se movimentando a 20 quilômetros de altitude, e o celular captaria sempre o sinal do balão mais próximo, funcionando como uma torre de telefonia móvel.
No entanto, Astro Teller, chefe do projeto, diz que a evolução da tecnologia foi tão grande que o conceito foi repensado. Usando técnicas de aprendizado de máquina, a empresa conseguiu ter maior controle sobre como os balões se movem, para onde eles vão, e, mais importante ainda, onde eles ficam estacionados.
Com os algoritmos desenvolvidos, Teller diz que agora é possível manter balões em áreas específicas por meses, o que reduziria o tempo necessário para colocar o projeto em prática. Isso porque a nova abordagem pode reduzir o número de balões necessários (o Google fala em cortar de centenas para algumas dúzias), e o tempo que demora para que cada um chegue ao seu destino.
Além de facilitar a implantação do serviço, a nova visão do Loon também aumenta as chances de o projeto ser lucrativo. Agora que deixou de ser apenas um projeto secundário do Google para se tornar um negócio independente sob o guarda-chuva do conglomerado Alphabet, os balões precisam ser financeiramente sustentáveis.