Google muda política de retenção de dados de voz

Empresa irá apagar automaticamente dados que sejam mais velhos 'do que alguns meses' e pedir novamente a permissão dos usuários antes de gravar e coletar interações com o Google Assistente
Rafael Rigues23/09/2019 13h46, atualizada em 23/09/2019 13h49

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O Google anunciou uma mudança em sua política de retenção de dados de voz. A empresa agora afirma que irá ‘diminuir imensamente a quantidade de dados de áudio que armazena’ e promete ‘excluir a maioria dos dados de áudio associados à sua conta que sejam mais antigos do que alguns meses’.

Outra mudança é um novo ajuste de ‘sensibilidade’ da palavra-chave ‘OK Google’, para que os usuários possam evitar falsos positivos. Além disso, a empresa diz que irá novamente perguntar aos usuários se desejam compartilhar seus dados de voz para melhorar o serviço.

A mudança é uma resposta a notícias de que a empresa usava funcionários para escutar, e analisar, gravações feitas durante interações de seus usuários com o Google Assistente. Muitas destas interações eram acidentais, fruto do software interpretando um som qualquer como ‘OK Google’. Segundo uma apuração do VRT NWS, alguns funcionários chegavam a ouvir e avaliar mais de mil clipes por semana, incluindo conversas pessoais dos usuários e, em um caso, o que parecia ser ‘violência doméstica’.

O Google defendeu a prática, dizendo que operações com humanos são importantes para melhorar o funcionamento da IA, principalmente sua operação em vários idiomas. ‘Esta é uma parte crítica do processo de criação da tecnologia de fala e é necessária para criar produtos como o Assistente do Google’, disse David Monsees, gerente de produto da equipe de Pesquisa do Google.

Não foi só o Google que foi acusado de violar a privacidade de seus usuários. Amazon, com a Alexa, e Apple, com a Siri, também foram acusadas de submeter gravações a análise por funcionários próprios ou terceirizados.

Fonte: The Verge

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital