O algoritmo de busca do Google foi alterado ao longo do último ano para conseguir oferecer mais resultados de acordo com a probabilidade de os usuários clicarem nos links. No entanto, isso gerou um aumento na quantidade de notícias falsas que aparecem no topo das pesquisas.
Antigamente, a empresa levava em conta a autoridade de páginas sobre determinados assuntos e quanto elas eram relevantes. Por exemplo, se uma página da Universidade de Oxford incluísse um link sobre um artigo de Harvard, o Google classificaria essa informação como importante e ela estaria na primeira página de buscas.
Agora, quanto mais um link recebe cliques na internet ou mais comentado é o assunto, maiores são as chances de ele aparecer no topo das pesquisas do Google Search. Com o Facebook sendo uma das maiores plataformas de disseminação de notícias enganosas, o Google tende a mostrar isso em suas páginas também.
Segundo relatórios, o problema não só é visto nos resultados da pesquisa dos internautas como também aparece na ferramenta de preenchimento automático do Google, que acaba sugerindo os termos mais buscados, incluindo informações falsas.
O resultado disso é que o envolvimento do usuário se tornou fundamental para o mundo das notícias falsas, sendo que pessoas que acreditam em teorias conspiratórias são mais suscetíveis de se deparar com notícias falsas no Google.
Logo, mesmo meses depois de uma notícia ter sido provada como falsa, ela ainda terá um volume suficientemente grande de pessoas clicando e continuará a enviar sinais de engajamento para o algoritmo do Google.
A empresa evita explicar na íntegra como seu algoritmo funciona, mas, segundo um porta-voz afirmou ao Business Insider, “quando alguém realiza uma pesquisa, ela quer uma resposta, não trilhões de páginas para percorrer. Os algoritmos são programas de computador que procuram pistas para lhe dar de volta exatamente o que ela quer. Dependendo da consulta, existem milhares, se não milhões, de páginas da web com informações úteis. Esses algoritmos são os processos de computador e fórmulas que recebem as perguntas e as transformam em respostas. Hoje os algoritmos do Google contam com mais de 200 sinais originais ou ‘pistas’ que tornam possível mostrar o que você pode realmente estar procurando”.
Via Business Insider