O Google vai remover anúncios de aplicativos stalkerwares (usados para espionar celulares, tablets e computadores) de suas plataformas. A proibição começa a ter validade em 11 de agosto, quando a empresa promete anunciar uma grande atualização de suas políticas de publicidade.

Segundo a companhia, a nova política de permissão de comportamento desonesto “proibirá a divulgação de produtos ou serviços comercializados ou segmentados com o objetivo explícito de rastrear ou monitorar outra pessoa ou as atividades dela sem autorização”. Serviços de investigação particular e apps criados para que pais monitorem ou rastreiem os filhos menores de idade serão as únicas exceções.

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Apps podem usar monitoramento de SMS, chamadas telefônicas, históricos de navegação e até GPS para esionagem. Foto: Unsplash

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Problema em ascenção

As complicações referentes a spywares e tecnologias de vigilância são de longa data. Um levantamento da NPR, de seis anos atrás, já apontava o cyberstalking como um dos graves problemas de abuso doméstico nos Estados Unidos.

O problema, no entanto, parece ter aumentando nos últimos anos. Em 2017, um grupo de pesquisadores realizou um experimento e encontrou milhares de anúncios de stalkerwares. Mais recentemente, o Laboratório de Ameaças da Avast divulgou uma pesquisa informando o aumento de 51% no uso de spywares e stalkerwares durante a pandemia do coronavírus.

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Spywares e stalkerwares quase dobraram em dois meses. Foto: Divulgação/Avast

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Mulheres sofrem mais

O uso de aplicativos stalkerwares geralmente está ligado a relações mais íntimas – como casais, parceiros ou ex-namorados -, mas as mulheres são as mais afetadas. Um estudo da Centers for Disease Control and Prevention apontou que uma em cada quatro mulheres já sofreu agressões, stalking ou abuso de seus parceiros. Em contrapartida, apenas um homem em cada dez relatou experiências de abusos.

Via: Ars Technica