Google vai reviver sua divisão de robótica

Dessa vez, a aposta será em softwares avançados, e não em robôs caros que simulam movimentos humanos
Redação26/03/2019 22h37

20190326094656

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Uma semana depois de anunciar sua nova plataforma de streaming de games, o Stadia, o Google tem mais uma novidade para o mercado – dessa vez, envolvendo robôs. De acordo com o New York Times, a empresa norte-americana está estudando reiniciar seu setor de robótica, depois da iniciativa anterior morrer na praia.

A iniciativa – conhecida como Robotics at Google – é conduzida por Vincent Vanhoucke, que foi peça fundamental no Google Brain, projeto de inteligência artificial da companhia. Em setembro, o Business Insider havia reportado um possível reinício do programa, uma vez que a empresa tinha aberto dúzias de vagas para contratação de especialistas em robótica. Não há, ainda, qualquer estimativa de tamanho da nova equipe.

O Robotics at Google deve focar na produção de softwares avançados para treinar um robô a aprender novas tarefas, em vez de se preocupar com dispositivos caros que simulem o movimento do corpo humano, por exemplo. Segundo o Times, o Google inclusive não deseja construir robôs por conta própria: a preferência é fazer com que máquinas de terceiros sejam compatíveis com seu software.

Conforme aponta a publicação, as reais ambições do Google com o projeto são desconhecidas. Porém, de início, é possível prever que robôs capacitados com aprendizado de máquina poderiam servir à automatização de tarefas no local de trabalho, semelhante à forma como a Amazon implantou a robótica em seus centros de distribuição hoje.

Como foi a primeira vez?

As primeiras apostas em robótica do Google começaram em 2013, com a compra de seis startups do setor, em um projeto supervisionado por Andy Rubin, o criador do Android. Rubin foi afastado do cargo devido a acusações de má conduta sexual, e, para sair, ainda recebeu uma bolada de US$ 90 milhões da empresa.

Embora as máquinas em si fossem cativantes e capazes de movimentos físicos impressionantes (entre elas, os robôs da Boston Dynamics que imitavam movimentos de seres humanos e cachorros), pouco se materializou da iniciativa do Google. As empresas que Rubin adquiriu para iniciar o programa de robótica da companhia acabaram sendo desligadas ou vendidas.

Fonte: Business Insider

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital